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Cinema

Madame Web – Análise

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Depois dos (In)sucessos de “Venom 2” (2021) e de “Morbius” (2022), a Sony Picture decidiu dar continuidade ao seu caminho de más adaptações de personagens do universo do Homem-Aranha em filmes. Desta vez, a vítima foi Madame Web.

Vista unicamente (como Cassandra Web), na famosa animação de 1994 do aranhiço, Madame Web tem a sua estreia na mídia live-action e a primeira aparição em 30 anos, neste novo filme da Sony protagonizado por Dakota Johnson.

Neste filme, Cassie Web (como é geralmente chamada ao longo do filme) após cair a um rio depois de tentar salvar uma pessoa, descobre que as suas visões prevêem o futuro. Com este novo poder, Cassie prevê que 3 jovens destinadas a futuros poderosos podem ter vidas terminadas mais cedo do que o esperado, quando um homem poderoso e perigoso, Ezekiel (Tahar Rahim), decide tentar matá-las.

Assim como esperado, “Madame Web” não desiludiu as expectativas de ninguém. Apresentou-se com um trailer fraco, um marketing fraco e o resultado “fraco” apareceu ao longo do filme. Num filme como este, é mais fácil dizer os pontos positivos do filme. Podemos elogiar o design dos fatos (das raras cenas que aparecem); a cena final onde é finalmente bom ver o fato e a personificação da Madame Web em live-action; referências ao lore do Homem-Aranha (apesar da constante tentativa de não apresentar os nomes dos personagens, mas apresentando ao mesmo tempo) e até existem momentos que é possível rirmo-nos no filme (isto pode acontecer por ser tão mau, ou ter mesmo esses raros momentos de comédia).

O que mais me surpreendeu neste filme foi o rumo realista que eles decidiram dar ao longa, mesmo se tratando de um filme baseado em personagens de ficção. A demonstração do povo Aranha como uma explicativa para toda a narrativa e envolvendo a ciência para tal, deixou o filme mais perto de um filme de ficção científica do que um de fantasia sobre super-heróis.

Agora, vamos para a parte principal. Apesar de tentar forçar bastante este filme a ter coisas positivas, o mesmo não se pode queixar da quantidade de coisas negativas que esbanja. Más interpretações, má realização, um mau guião e personagens maus, só fazem de Madame Web a chacota que merece ser. E ainda tem a proeza de superar o filme do Morbius como o pior filme já feito pela Sony de super-heróis.
A interpretação de Dakota Johnson não convence, o personagem de Rahim é insuportável, e o trio das super-heroínas é a personificação dos jovens idiotas dos filmes de terror no seu nível máximo. Para não falar do marketing mentirosos que prometia, prometia as personagens com os seus fatos, que até era visivelmente parecidos com as comics, mas que só apareceram em menos 2 minutos de filme e em visões do personagem Ezekiel. Ou seja, a última esperança do filme perdeu-se toda em “sonhos”.

Tecnicamente, o filme ainda consegue ser pior… Os movimentos da câmera presentes em algumas cenas são de estranhar o nível de produção deste filme. Com zooms defeituosos e bastante notórios, faz-me pensar se este filme não foi feito por um estúdio independente com um orçamento inferior a um pacote de batatas-fritas e um sumo. É que é tão mau, mas tão mau que chega a ser comparável com filmes como “Birdemic: Shock and Terror” e “Sharknado”.

Com o guião, a coisa também não é famosa. Apesar de terem uma história até interessante, que certamente poderia ser bem usada em outro contexto, neste filme fica só algo perdido e sem nexo. Más decisões de guião, finais estranhos e mirabolantes e explicações dos personagens entre si que só fazem sentido no universo deste filme, só tornam o que estava péssimo em algo impossível de se ver e aproveitar o mínimo que fosse.

Resumidamente, este é capaz de ser um dos piores filmes já feitos em 2024 (e na década), com bastantes probabilidade de levar premiações… na framboesa de ouro. E ainda ganha o mérito de se tornar um dos piores filmes já feitos de super-heróis da história, se não o pior.


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Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

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