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Análise Stellar Blade – A Nova Femme Fatale da PlayStation

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Stellar Blade é o mais recente jogo exclusivo para a PlayStation 5, que chega pelas mãos do estúdio Shift Up. E não vamos negar, Stellar Blade captou a atenção dos jogadores de forma bastante intensa, e garantidamente este feito não foi só pela gameplay. EVE é dotada de uma beleza bastante cativante, e detalhes corporais bastante definidos e avantajados (creio que já dá para perceber bem do que se trata). O furor criado em torno da personagem remete-nos para Lara Croft e os seus triângulos avantajados, e toda a loucura que surgiu em torno da personagem. Mas Stellar Blade é bem mais do que apenas uma personagem visualmente cativante, sendo que a história é também ela um elemento chave para o sucesso deste jogo.

Num mundo devastado pela invasão dos Naytiba, a humanidade encontra-se à beira da extinção. Este é o mundo de Stellar Blade, onde somos largados neste cenário pós-apocalíptico, onde os poucos sobreviventes resistem ao enviar esquadrões aéreos para combater os invasores e desvendar os segredos que surgiram no planeta após o domínio dos monstros.
Os jogadores assumem o papel de EVE, uma integrante do 7º Esquadrão Aéreo, que começa a sua jornada numa missão perigosa, mas essencial à vida humana: eliminar o Elder Naytiba, o líder supremo das criaturas que invadiram o planeta. Com o apoio de vários aliados, com destaque para Lily, a sua parceira de engenheira, e ambos os Adam (o robô e o humano), EVE é a esperança para salvar a humanidade.

É de facto um conceito de narrativa interessante, que nos consegue de certa forma puxar para a lore do jogo, mas não tem tanta substância quanto poderia de facto ter, ficando um pouco aquém do seu total potencial.

Passando para a gameplay, o combate em Stellar Blade é um verdadeiro teste de skills, sendo inspirado nos jogos Soulslike. Cada combate exige precisão nos ataques mas principalmente na defesa, onde a estratégia de esquiva e de parry tem de ser bem estudada para cada inimigo. Pode não ser um jogo tão difícil quanto um típico souls, mas continua a ser difícil, pelo menos se for na dificuldade normal. EVE utiliza principalmente ataques corpo a corpo com a sua lâmina, com a qual também usa habilidades especiais que lembram as de Devil May Cry. Fazer esquivas e parry perfeitos são fulcrais para sobreviver a cada combate. Além dos ataques corpo a corpo, EVE tem ainda ataques à distância, cujas balas são limitadas e têm de ser muito bem geridas.

Todos os equipamentos de EVE podem receber upgrades, que necessitam de recursos específicos que podem ser encontrados em baús dentro do jogo, além do gold que pode ser recolhido um pouco por todo o mapa e ao derrotar inimigos. Seja armas, exoesqueletos, tudo pode ser melhorado. Além disso, podemos ainda fabricar e receber cosméticos para alteram a aparência de EVE e de todos os seus parceiros. As habilidades da protagonista podem também receber upgrade, neste caso através da árvore de habilidades.

Além das batalhas contra inimigos comuns, temos ainda as boss fights. Estas são sem dúvida o ponto alto do jogo, onde temos combates épicos contra inimigos gigantescos e muito mais fortes que os normais, sendo que cada um tem uma estratégia diferente para ser derrotado. E ainda bem que assim o é, porque os inimigos normais do jogo acabam por se tornar um pouco repetitivos ao fim de algumas horas de jogo.

Mas a gameplay de Stellar Blade não é feita apenas de batalhas, o jogo conta com diversas missões principais e secundárias, onde os jogadores vão ter de encontrar caminhos, escalar, procurar chaves e códigos de acesso, e resolver os mais variados tipos de puzzles. Podemos ainda explorar o mundo semi-aberto, que tem diversos colecionáveis espalhados para recolher.
Falando da questão da escalada, que neste caso é como se fosse uma espécie de parkour, foi um ponto que de facto me surpreendeu. Isto porque ao contrário da maioria dos jogos que têm esta feature, Stellar Blade tem uma liberdade enorme de movimentos. É uma funcionalidade que pode ser positiva por podermos escolher como e para onde ir, ao mesmo tempo que temos uma experiência mais realista, mas pode ser também negativa, por termos momentos de frustração onde um mínimo descontrolo ou toque um bocadinho mais para um lado que outro pode fazer com que EVE caia e tenhamos de voltar ao último acampamento.

E sim, esta é de facto uma feature que Stellar Blade adotou dos Soulslike. Temos de ativar acampamentos ao longo do jogo, onde podemos descansar para recuperar vida e itens de cura, mas que ao ser utilizado os inimigos são todos reiniciados também. São estes acampamentos que vão servir de checkpoint e de save point, por isso todo o progresso feito após sairmos de um acampamento pode desaparecer caso sejamos derrotados pelo caminho. Nestes acampamentos tempos também as consolas de habilidades e de upgrade, e ainda uma cabine telefónica, que é o nosso sistema de fast travel.

Ou seja, conteúdo e variedade na jogabilidade não falta em Stellar Blade, o que aumenta o replay value do jogo e nos permite ficar imersos neste universo por muitas mais horas após o término da história principal.

Em termos de visuais e gráficos podemos dizer que este jogo está de facto muito bonito. Todo o visual e estilo anime, com um toquezinho a puxar mais para o estilo real que para o estilo de desenho, encaixa na perfeição com a temática e com o tipo de jogo que é. Os detalhes das personagens, os brilhos, os reflexos e as luzes estão bastante bem conseguidos, principalmente na distinção entre tipos de materiais quando a luz incide nos mesmos. Mais uma vez temos de elogiar o trabalho feito pelos modeladores 3D pela qualidade destes assets, que são bastante detalhados. Além disso a própria física do jogo está muito bem conseguida, apesar de que se falarmos no efeito da física em certas zonas do corpo da protagonista, estas estão bastante irrealistas, mas claro, propositadamente para tornar a experiência do jogador muito mais interessante.

Já a banda sonora está também ela muito boa, com uma variedade de géneros, onde o estilo mais jazzy está lá presente. Esta banda sonora aliada com um bom design de áudio tornam a experiência do jogador ainda melhor, que tem o seu remate final com a perfeita utilização do Dualsense, que consegue representar na perfeição as sensações do que está a acontecer no jogo.

Stellar Blade é de facto um jogo muito bem conseguido a todos os níveis, sinto que podia ser ainda melhor em alguns aspetos. Apesar de não haver grandes problemas ou falhas a apontar, falta um toque especial para atingir a perfeição, mas é de facto um dos melhores jogos lançados este ano.

9/10

Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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