Connect with us

Cinema

Anatomy of a Fall – Análise ao filme

Avatar photo

Published

on

Anatomy of a Fall

Estreando-se no festival de Cannes em 2024, “Anatomy of a Fall”, ou originalmente chamado “Anatomie d’une Chute”, conta com uma média de 7,8 no IMDB, 96% e 90% de aprovação dos críticos e público respectivamente no Rotten Tomatoes, várias nomeações aos Óscares e a diversas premiações, sendo considerado um dos filmes estrangeiros mais aclamados no último ano.

“Anatomy of a Fall” conta a história de um casal, Sandra (Sandra Huller) e Samuel (Samuel Theis), com o seu filho Daniel (Milo Machado Graner) que viveram no último ano numa pequena e isolada cidade nos Alpes. As suas vidas mudam de repente, quando Samuel aparece à frente da sua casa, sendo tratado pela polícia como um possível homicídio, onde Sandra é a principal suspeita. À medida que o filme se desenvolve, entramos mais a fundo na relação tóxica do casal, colocando-nos no lugar do filho Daniel, que também acaba por descobrir grandes momentos do filme ao mesmo tempo que o espectador.

A narrativa é muito naturalista, assim como as performances, ou seja, seguem uma linha constante e natural desde o aparecimento do corpo até ao julgamento. Em nenhum momento notei que o guião não estava fiel ao pressuposto, ou seja, não queria colocar um pouco de mais drama ou suspense para satisfazer o filme, sendo até possível se pensar que este filme poderá ter sido inspirado numa história real, ou adaptado de um documentário. A verdade é que a realização de Justine Triet, e interpretações como a de Sandra Huller e a de Swann Arlaud (Vicent) são  magníficas. Por momentos, recebia referências de filmes como “12 Angry Men” (1957), onde, na sua forma minimalista, a história apenas se localizava num tribunal, com as interpretações e a narrativa guiavam o filme todo.

A questão deste tipo de filmes é constante: “Matou ou não matou?”. O importante neste género é saber se consegue passar a dúvida, e não só apresentar um guião cheio de plot twists para causar dúvida no público. O veredito final? Este filme consegue passar a mensagem certa e não tenta ser mais do que aquilo que é. É sincero consigo mesmo e pega nas suas fragilidades e vai equilibrando-as até ao seu momento final que é aquilo que o filme sempre foi: natural e objetivo.

No seu resumo, este é um filme com um objetivo muito bem assente, e consegue contar uma história de amor arruinada, pegando ainda em pontos de desconfiança, traição e melancolia. Está nomeado para cinco Óscares: Melhor filme do ano, Melhor realização, Melhor Atriz Principal, Melhor Argumento Original e Melhor Edição. Infelizmente é cortado da categoria de Melhor Filme Estrangeiro (onde possivelmente poderia ter levado o prémio) por razões burocráticas da Academia Francesa em escolher os seus filmes representantes.


Subscreve o nosso canal do EPOPCULTURE no Youtube e segue-nos no Instagram, Facebook e LinkedIn. A Comic Con Portugal, o maior festival ibérico de Cultura Pop, já tem os bilhetes à venda para a edição de 2024 aqui!

Consulta a nossa agenda de programação | Mais artigos de cinema | Mais artigos de TV & Streaming | Mais artigos de Gaming | Mais artigos de BD & Literatura | Mais artigos sobre a LEGO | Visita ainda a nossa store com produtos exclusivos.

Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

Mais artigos