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Monarch: Legacy of Monsters – A Expansão do Monsterverse

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Monarch

Desde o primeiro projeto do mais recente Monsterverse da Legendary – Godzilla, 2014 -, que várias foram as questões que ficaram sem resposta, relativamente aos longos intervalos que separavam os filmes. Com essa necessidade nos olhares do público e a inteligente decisão de expandir o conhecimento que já existia da organização mãe, Monarch, a Apple chegou-se à frente e criou a série ideal para satisfazer os fãs e quem sabe aliciar mais uns quantos.

Monarch: Legacy of Monsters, série criada por Chris Black (The Huntress; Vanished) e Matt Fraction, segue os acontecimentos do G-Day em São Francisco, evidenciando a falta de normalidade que se impôs por conta da primeira grande aparição de Godzilla para lutar contra dois MUTO. Ao mesmo tempo viajamos entre os anos 50 e 70, onde a investigação para provar a existência dos Titãs era a única atividade que mantinha a Monarch a funcionar, controlada pelo exército.

É pelas interpretações sublimes de Mari Yamamoto (Keiko), Anders Holm (Young Bill Randa) e Wyatt Russell (Young Lee Shaw), que navegamos no passado pelas primeiras descobertas dos Titãs no nosso planeta, em nome da Monarch. De regresso ao presente, somos levados por Anna Sawai (Cate Randa), Ren Watabe (Kentaro) e Kiersey Clemons (May) até a um Kurt Russel (Old Lee Shaw) – pai do ator que interpreta a sua versão jovem – que será responsável por transmitir um legado importante e iminente.

A necessidade desta série, bem como a qualidade dos efeitos e monstros, é indiscutível, fazendo-se acompanhar de um ritmo lento na sua primeira metade, o que permite que o extremo despejo de informação fique bem retido. Saltamos entre décadas que para além de monstros, explora uma imensidão de relações humanas e sociais, chegando mesmo a fugir da acção protagonista. No fundo uma teia de narrativas que se unem para projetar toda a dimensão deste franchise.

A Terra Oca é um palco principal que anda sempre à espreita e que retém alguns dos mistérios mais bem guardados deste universo, conduzindo o espetador por reviravoltas e revelações que adicionam camadas de complexidade à história. Porém, para os mais atentos, esta série acaba por pecar pela falta de atenção ao que já está em andamento no departamento cinematográfico, e coloca em causa a sintonia e o envolvimento de todos os projetos para criar algo que não apresente falhas na lógica ou até na explicação do ilógico.

Este é o sexto projeto e a segunda série – a primeira, Skull Island (2023) é uma série animada e foi lançada pela Netflix – que mantém forte inspiração no conceito do monstro Godzilla, uma criação original da Toho Co., Ltd. O seu fim, entrega ao público o tease perfeito para o novo filme deste Monsterverse que sai já em Maio, Godzilla x Kong: The New Empire, que na sua maioria irá estabelecer-se na Terra Oca.


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