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Análise a Mato Anomalies: À imagem de Persona

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Mato Anomalies

Mato Anomalies é o novo JRPG indie do estúdio Arrowiz, que se foca no combate por turnos e na exploração de dungeons. As influências que o estúdio bebeu de jogos como Persona são bastante evidentes e conseguem sentir-se ao longo de toda a gameplay, principalmente na estrutura do jogo em si.

A narrativa decorre numa versão neo-futurista da cidade de Xangai, que no jogo tem o nome de Mato. Vestimos a pele de Doe, um detetive privado contratado pela Lady Nightshade, com o objetivo de descobrir mais sobre uma substância ilícita chamada Handout. A história é contada através das típicas conversas escritas, apresentadas como uma digital graphic novel e ainda por cutscenes.

Mato Anomalies

As inspirações em Persona são extremamente óbvias, principalmente se compararmos com a quinta entrada da franquia. A forma como andamos pelas ruas de Mato faz lembrar a navegação pelo mundo de Persona de forma bastante clara. Quase sentimos que estamos a jogar um Persona, tal é a semelhança. As próprias “dungeons” partilham imensas similaridades com os Palácios de Persona e até com outros jogos da franquia Shin Megami Tensei. Exploramos estas dungeons/lairs inicialmente com Gram, mas vão sendo adicionados novos elementos à party ao longo do jogo, chegando ao total de quatro personagens. Com eles exploramos as dungeons, que são muito lineares e extremamente repetitivas. Os inimigos estão parados em pontos específicos para nos forçar ao combate, combate este que é por turnos. Infelizmente, o próprio combate também não tem muita substância, com ataques bastantes simples. Mesmo com o desbloquear de skills e armas, a mecânica torna-se bastante repetitiva. Existem também alguns puzzles que também se tornam bastante simples.

Mato Anomalies

Fora das dungeons, temos ainda um tipo de combate diferente, o Mind Hack, onde tentamos levar até ao zero o nível de Mental Score do inimigo através de batalhas de cartas. É uma mecânica curiosa, mas que mais uma vez se torna repetitiva e até massacrante se não nos calharem as melhores cartas para determinado combate. Temos decks diferentes aliados a personagens diferentes, e temos dois tipos de alvos, o principal e as anomalias que estão associados e que precisamos de derrotar para poder atacar livremente o alvo principal.

Mato Anomalies

O desenho estilo anime assenta que nem uma luva neste género de jogo. Não são visuais incríveis, nem surpreendentes, mas interessantes em certa parte. A nível gráfico também se sente que é de facto um jogo indie. Em termos de som e banda sonora o trabalho feito é interessante, mas, curiosamente, até neste ponto sentimos as inspirações em Persona 5.

Veredicto
Mato Anomalies acaba por ser um RPG por turnos genérico, que se sente quase como sendo um clone de Persona. Apresenta algumas ideias novas e interessantes, mas no geral este é um jogo bastante banal e sem muita substância.

5/10

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Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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