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The New Look – A criação nasce com a 2ª Guerra, segundo Joana Americano
O nome é Dior. Mesmo quem não siga e não esteja inteiramente ligado a este mundo sabe o quão poderoso este nome é o quão inevitavelmente está intrinsecamente ligado à moda. The New Look, apresentada pela Apple TV+, foca a vida do famoso Christian Dior e de como trabalhou para sobreviver, especialmente nos últimos anos da Segunda Guerra Mundial.
O pesadelo da guerra
A série, composta por 10 episódios, demonstra como o mundo da moda para Christian (Ben Mendelsohn) começa antes de França estar livre da ocupação Nazi. É interessante irmos notando aos poucos as mudanças na cidade e a grande tendência para a resistência. Toda a gente está preocupada, mas todos fazem por mostrar que está tudo bem e quererem seguir com a vida. No entanto, sempre a olhar por detrás do ombro.
Acho que dos momentos mais intensos é quando Catherine, irmã de Christian, protagonizada por Masie Williams, é presa, feita refém e torturada. Todo o percurso da Catherine é sem dúvida daqueles que tira o fôlego e me deixa a engolir em seco – sobretudo pelo desespero de ambas as partes: dela de não saber se volta a casa e de Christian por fazer de tudo para ter a irmã de volta.
A criação trouxe a vida e a alma ao Mundo
O primeiro episódio, antes da primeira cena, começa com uma afirmação em como a série representará a visão da criação enquanto esperança no pós-guerra. Acredito que tenha sido essa a premissa de toda a série. Não só no mundo Dior, mas também noutras grandes marcas, como por exemplo, a Balenciaga (apresentado na série, protagonizado por Nuno Lopes) ou a Chanel.
A forma como Dior foi tratado no início da série e depois no final é diferente e conseguimos verificar o desenvolvimento das personagens e do próprio ambiente em que elas estão localizadas. Além disso, também foco uma atenção para Coco Chanel (Juliette Binoche) que o seu papel foi simplesmente estrondoso e com um grande desenvolvimento. Acho que esse desenvolvimento está muito assente nesta ideia de criação e de esperança.
A questão de sobrevivência
A moda para Dior era um conceito que ia além do “adoro o que faço”. Certamente que adorava o reconhecimento e de poder vestir as mulheres com os mais belos tecidos. No entanto, a série revela que, acima de tudo o mais importante era conseguir sobreviver. A moda para ele era um salva-vidas.
É uma série intensa e que não me desiludiu. É o que é e consegue contar bem a história dos nossos protagonistas. Fiquei surpreendida com a prestação de Maisie Williams, que até então o grande contacto tinha sido em Game of Thrones, quando protagonizou Aria Stark. Ambas as personagens contam com destinos foram madrastos, mas que de certa forma mostram, ao seu jeito, uma grande força e caráter.
A série faz nascer Christian Dior enquanto marca na época em questão, mostrando igualmente a forma como o seu poder também o fez destronar a icónica Coco Chanel.
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