Cinema
Análise: Napoleão
Ridley Scott, Joaquin Phoenix e Vanessa Kirby juntam-se para entregar um filme épico sobre o general, imperador e militar Napoleão Bonaparte. Com trailers fabulosos, este prometia ser um dos grandes filmes do ano. Mas, será que Ridley Scott e companhia conseguiram satisfazer as esperanças do público?
Dependendo a quem perguntam. O filme não parece agradar muito, tanto a críticos como ao espectador normal, seja pela sua falta de desenvolvimento em algumas personagens, seja pela confusão narrativa que obriga o espectador a pensar se, mesmo com 2h30m, o filme precisasse mais tempo para aprofundar algumas questões. Mas se perguntarem à outra parte do público, onde me posso incluir, o filme é um épico sólido e consistente com apenas algumas tremidas não muito afetivas ao desenvolvimento da narrativa.
Aprofundado mais na questão da duração, existe uma versão com um total de 4h10m e que, segundo o realizador, espera que um dia seja lançada tanto no cinema como no streaming da Apple Tv+. Explora um pouco mais da história de Josephine (Vanessa Kirby). Apesar da atriz apresentar na sua performance mais do que a escrita da personagem indica, era necessário ver mais profundidade nela.
Falando dos dois protagonistas, Joaquin Phoenix e Vanessa Kirby apresentam uma dupla super bem construída e espetacular de se observar. De um lado uma infiel e super intolerante ao general francês; e do outro um egocêntrico e narcisista, mas ambos co-dependentes. Tratam-se horrivelmente, mas nunca desistem um do outro.
Nas partes técnicas, o som é o que se destaca mais. Com certeza uma componente técnica que poderá levar algumas premiações para casa. Muito bem misturado, com um bom uso dos graves e um som limpo e sólido que em nenhum momento soou alto ou baixo de mais.
O CGI também é bastante bom, com poucos momentos percetíveis de estranheza ao nível de efeitos práticos e com cenários maravilhosos. A iluminação no geral parece um pouco estranha, indicando que a paleta cromática do filme é toda baseada em azuis acinzentados. Mesmo em momentos mais brilhantes, é possível ver este tipo de cores presentes. As guerras filmadas estão bastante bem capturadas, os planos de câmara no geral são envolventes, transmitindo mais do Napoleão e reforçando a característica de estratégia impressionante do general.
Apesar destes pontos, Napoleão é um daqueles filmes que é muito difícil explicar o que me fez gostar ou não dele. É um filme de “sentimento”, ou seja, um filme que apenas conseguimos sentir se gostamos ou não no final do mesmo. Mas a real questão é: um filme será realmente bom se não se explica na 1° vez? Isso é algo que o espectador terá de refletir e avaliar, para ver se encaixa nos seus padrões de gostos.
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