Cinema
Hunger Games: A Balada dos Pássaros e das Serpentes – Análise
Oito anos após os eventos do último filme de “The Hunger Games”, a saga regressa ao grande ecrã para contar a história do jovem tirano Coriolanus Snow (Tom Blyth), mais conhecido como Presidente Snow nos filmes de 2012-2015.
Durante a 10ª edição dos Hunger Games (64 anos antes do primeiro filme), as regras do jogo mudam um pouco e Coriolanus Snow é designado como mentor da jovem Lucy Gray, do Distrito 12. Lucy chama a atenção de todos por cantar de modo desafiante durante a cerimónia.
O filme apresenta-se como uma prequela, narrando a história de Snow desde a juventude e em mostrar os motivos que levaram à transformação no vilão da quadrilogia anterior. Apesar de acompanharmos mais Snow, ao mesmo tempo a película introduz uma nova protagonista, Lucy Gray (Rachel Zegler). Dando origem a uma indecisão de qual história o filme devia desenvolver melhor.
A narrativa meticulosa entrega um filme que poderá não corresponder às expectativas dos fãs que têm como base a primeira série de filmes. Há uma grande componente musical que pode criar confusão narrativa entre personagens e as emoções.
O estúdio aproveitou o facto da Rachel Zegler ter uma voz extraordinária (servindo de treino para ser a próxima “Branca de Neve”), e usou o poderio vocal durante todo o filme. Prova disso é a quantidade de vezes que ouvimos “The Hanging Tree”, música tornada famosa pela voz de Jennifer Lawrence e que na “Balada dos Pássaros e das Serpentes” quase perde a sua mística, devido a um uso um pouco excessivo. Não faltam outras referências aos quatro filmes anteriores, em claro fan-service aos fãs da saga.
Há aspetos bem mais positivos, como por exemplo o uso espetacular da banda sonora, algo muito frequente na saga. A narrativa principal que se foca em Snow é interessante e, apesar de tudo o que vemos no filme não ser motivo suficiente para a personagem se tornar no ditador que conhecemos, é o suficiente para provocar “água na boca”. Dá vontade de querer saber mais da personagem.
Ao nível de elenco, é preciso parabenizar Tom Blyth, que conseguiu uma interpretação digna de Coriolanus Snow e ajudou a dar mais emoção, drama e ênfase. Consegue o feito de fazer-nos gostar de uma personagem, apesar de sabermos quem se tornará no futuro. Viola Davis é novamente fenomenal, desta vez como Dr. Volumnia Gaul, uma das peças fundamentais da história e que, em colaboração com Tom, entrega cenas realmente interessantes. No caso de Jason Schwartzman dá uma interpretação parecida com a de Stanley Tucci de Flickerman nos filmes originais.
Resumindo, o filme apresenta aspectos diferentes na saga, principalmente a componente musical, enquanto acrescenta um pouco de lore ao universo de The Hunger Games. Blyth entrega-nos uma bela atuação, dando à personagem um bom passado e motivos (ainda que precisemos de mais) para ser o tirano que reconhecemos passados tantos anos.
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