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Cinema

Good Person – Onde está a luz ao fundo do túnel?

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Good Person

Quando nos apresentam um filme com o Morgan Freeman e com a Florence Pugh, a fasquia já está elevada. O drama envolto na vida das duas personagens é intenso e deixa-nos num estado emocional complexo. Tudo aquilo que parecia a celebração da futura união de duas pessoas torna-se rapidamente numa tentativa de voltar a viver. Em Good Person começamos com a festa de noivado de Allison (Florence Pugh) e Nathan (Chinaza Uche) e todo um ambiente feliz e descontraído.

Até deixar de ser. Um acidente de carro muda por completo a vida de todos.

Como seguir em frente
É curioso e interessante que seja apenas a partir do acidente que o título do filme apareça. Quando aparece, e quando retomamos à história já se passou um ano. Tudo mudou. Allison vive com a mãe e vive à base de medicamentos. Já não está com Nathan. Em paralelo, vemos igualmente a vida de duas pessoas que sofreram bastante com o acidente: Daniel (Morgan Freeman) e Ryan (Celeste O’Connor). É que eles os dois, eram familiares dos que perdemos naquele dia. Daniel perdeu a sua filha e Ryan a sua mãe. A longa-metragem aborda dois pontos de vista: o de Allison e o de Daniel e vemos como os dois tentam seguir em frente, guerreando diferentes tipos de batalhas que surgiram devido ao acidente.

O Combater da Adição
Nunca estamos preparados para perder alguém. A morte é das coisas que, apesar de tudo, nada nos consegue preparar quando ela chega. Allison tem um problema com medicamentos e quanto mais acompanhamos a história dela mais verificamos que ela, acima de tudo, acredita que não tem direito a sofrer com o que perdeu. Desta forma, acompanhamos a queda dela naquele grande buraco negro. Louvo a forma como Daniel tratou a Allison. Dos momentos que saliento é o primeiro encontro deles na igreja, acho que foi intenso e não esperava a reação dele. Além disso, tiro o chapéu a Nathan. A pouca presença física dele no filme fez toda a diferença.

“Many hours have I spent blissfully lost in a world of my own creation”
Esta citação aparece logo no início do filme e acho que esta premissa é levada até ao fim. Fisicamente, com a pequena cidade que Daniel construía na sua cave, até à forma como as nossas personagens viviam perante a realidade em que elas queriam viver. É interessante focar isto uma vez que a ideia acabou por não ser a cena de abertura como a cena final da história. Durante 128 minutos temos um filme muito bem desenvolvido que protagoniza atores fantásticos, como a Florence Pugh e o Morgan Freeman. A banda sonora foi muito bem escolhida e a caracterização fantástica. Apenas um aviso: Good Person não é leve.


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Tem 26 anos e veio de cultura e comunicação. Adora cultura pop, é viciada em spoilers ao ponto de ir ver as últimas páginas dos livros. Para ela, Team Marvel é que é.

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