Cinema
The Flash é um recomeço inevitável e eletrizante
Uma das grandes estreias desta semana para os cinemas vai para The Flash. Este é o primeiro filme a solo deste super-herói que traz para o universo da DC, um autêntico reboot.
Como realizador temos Andres Muschietti e no elenco fazem parte nomes como Ezra Miller, Michael Keaton, Ben Affleck, Sasha Calle, Michael Shannon, Ron Livingston, Maribel Verdú, Kiersey Clemons e Antje Traue. Apesar de todos os desafios que sofreu e com algumas polémicas à mistura, The Flash continua a ser considerado como um dos filmes mais esperados deste universo que promete uma mudança significativa para o futuro da DC. Tanto que o próprio James Gunn escolheu este filme como o seu preferido deste ano.
Nesta história, mundos colidem quando Barry usa os seus superpoderes para viajar no tempo por forma a alterar alguns eventos do passado. Mas quando a sua tentativa para salvar a sua família altera inadvertidamente o futuro, Barry fica preso numa realidade onde o General Zod regressou, ameaçando o mundo de aniquilação e onde não existem Super-Heróis para salvar a humanidade. Isto é, a menos que Barry consiga persuadir um Batman já reformado e muito diferente e salve um prisioneiro Kryptoniano, que não é exatamente quem ele gostaria que fosse. Para salvar o mundo onde se encontra e regressar ao futuro que conhece, a única esperança de Barry é fazer a corrida da sua vida. Mas será o sacrifício final suficiente para restaurar o universo?
Em comparação com a série que acompanhou este herói ao longo de nove temporadas, esta é uma visão completamente nova e peculiar da história desta personagem. Por um lado, consegue triunfar, mas por outro mostra falhas bem evidentes, principalmente a nível de efeitos visuais que dá para perceber o desequilíbrio que existiu em momentos específicos da história. Não perturba quem está a ver, mas a pessoa fica surpreendida como isso acontece num projeto com um nível elevado de orçamento.
O multiverso é daqueles temas que há muito por explorar e onde tudo é possível de acontecer, trazendo à história em si, muito potencial. O argumento foi fluído e bem aproveitado, juntamente com uma boa dose de humor. Temos a oportunidade de acompanhar uma perspetiva única de ver diferentes mundos e os seus respetivos heróis e até o que acontece quando não há super-heróis para salvar a humanidade. Mas, também foi interessante ver como uma simples mudança no passado pode ter consequências devastadoras para o futuro, como Barry Allen tenta consertar os seus erros e ainda ter a chance de conhecer versões diferentes de si mesmo.
The Flash é um recomeço inevitável e eletrizante que traz uma aventura divertida e dinâmica para o espetador. Um dos pontos altos é sem dúvida, as sequências de corridas a alta velocidade protagonizadas pelo Barry que são fascinantes e prendem instantaneamente a atenção. E ainda, as cenas de ação repletas de lutas bem coreografadas que não desiludem. Além disso, foi espetacular ver Michael Keaton a desempenhar de novo o papel de Batman, trazendo uma nostalgia imediata para os fãs desta personagem.
Neste filme constituído por diversos cameos nostálgicos e uma cena pós-créditos bem engraçada, a pessoa fica com vontade de saber mais sobre o que irá acontecer não só com o Flash, mas também com todas as personagens pertencentes a este mundo. Quem se vai manter neste reboot? Quem será o Batman ou o Super-Homem do novo universo DC? Por agora, estas e muitas outras perguntas ficam sem resposta. Porém, uma coisa é certa! De certeza que James Gunn e companhia nos vai conseguir surpreender de um modo que não estaremos nada à espera! Agora que venha uma transformação de ótima qualidade!