Cosplay
Expo Cosplay invade Braga…
Até 31 de maio ainda está presente, na Mesa na Praça, a ala de alimentação do Mercado Municipal de Braga (Piso 1), uma Exposição de Cosplay. A exposição de entrada livre, criada em parceria com a EPOPCULTURE, tem como foco as criações originais de fatos de personagens do universo da Cultura Pop e a entrada é livre.
São cinco cosplays de cinco artistas portugueses, fica a conhecê-los e as suas criações:
Débora Azevedo, que apresenta um cosplay de symbiote Mania, seleciona “as personagens por amor e afinidade…há uma regra que sigo religiosamente: Fazer apenas personagens que goste, que me identifique e/ou que sinta uma ligação especial”.
“Construir (a symbiote Mania) foi um desafio, especialmente a peça da cabeça. Foram utilizados materiais tais como espuma Eva, papel de jornal, papel de alumínio, rede de arame e técnicas como papier-mâché… fez-me sair da zona de conforto e iniciar-me em materiais com que nunca tinha trabalhado antes”, acrescenta a Débora.
Inês Silva, que apresenta dois fatos na exposição, faz do cosplay um negócio: “Sou a Glin, Cosplayer e Cosmaker há 9 anos, tendo aberto o meu próprio negócio de criação de disfarces há já três anos.
Criou o primeiro disfarce, cosido à mãos, aos 14 anos. Mas foi na primeira edição da Comic Con que expôs em público pela primeira vez uma criação sua: “desde então, já representei o meu país em competições internacionais de cosplay em Paris, na Holanda, e em Lisboa.”
A Inês tem em exposição um fato de Glinda com mais de 18.670 lantejoulas, aplicadas à mão, ao longo de 122h de trabalho. Já o outfit de Elina é constituído por um bodice estruturado e uma saia de pé-talas criadas com foil chiffon, com um acabamento holográfico. As asas estão repletas de leds e cristais que recriam o brilho mágico. Os sapatos foram feitos de raiz.
Diogo sempre gostou de “sujar as mãos e criar coisas”. O cosplay acaba por ser uma forma de poder conciliar todos os seus interesses, como a eletrónica, mecânica, carpintaria, costura, etc.
A personagem que trouxe a Braga foi o Ghost Rider, um anti-herói da Marvel que entrega a sua alma a Mephisto e se “funde” com um demónio, transformando-se num esqueleto em chamas quando sente o “mal” por perto. Usou espuma expansiva para recriar as chamas e “rechear” o interior com pequenos leds e as braçadeiras, ombreiras, e caneleiras produzidas a partir de eva e tinta acrílica.
Para a Ágata Rodrigues, fazer Cosplay “é viver um sonho, fugir à rotina, é pura diversão”. O interesse por este mundo também começou em 2014 e não perdeu tempo: “Em 2015 comecei com algo simples, porque tinha receio de não conseguir estar à altura dos outros cosplayers incríveis que vim a conhecer com o passar do tempo, apenas utilizei elementos que tinha em casa para me assemelhar à personagem. O primeiro “verdadeiro” cosplay foi o de Harley Quinn, versão do filme Suicide Squad. A partir daqui começou a loucura.
Ágata descreve o mundo do Cosplay da melhor maneira: “É ser quem tu quiseres, é a interpretação de uma personagem fictícia, pensada ao detalhe de forma a torná-la viva… o que me motiva é a sensação de realização a nível artístico”.
Muitas vezes não reconhecidos e/ou recompensados financeiramente, os cosplayers tiram prazer pela reação que as suas obras têm no público: “Outra parte positiva é a reação das pessoas quando me veem em cosplay, principalmente crianças. É bastante agradável ver o bom feedback dos outros e o sorriso de orelha a orelha quando me pedem para tirar uma fotografia ou apenas um abraço”, acrescenta a designer de 28 anos.