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Waco: The Aftermath 1×01 – As Consequências
Estamos em 1994. Um ano depois dos acontecimentos no Centro de Monte Carmelo. Esta série toma seguimento da série Waco (2018) e tem como premissa o impacto do que aconteceu em 1993 entre o FBI e David Koresh.
Não se consegue trazer de volta as vidas perdidas, mas nota-se que o desfecho do Cerco de Waco deixou marcas. Gary Noesner, interpretado por Michael Shannon, demonstra logo de início o pesar dos acontecimentos de 93.
Waco: Verdades e Consequências
O nome do primeiro episódio reforça em que ponto esta série, de cinco episódios, se encontra. Duas das ações principais a acontecer são: o início julgamento de cinco pessoas envolvidas no Cerco de Waco, e que faziam parte do Ramo Davidiano, ou seja, que seguiam a palavra de David Koresh. A segunda é um assalto com uma situação de reféns, na qual Gary era o negociador.
É interessante salientar que os dois acontecimentos não são propriamente na mesma zona. Enquanto o assalto é no Arkansas, o julgamento iria ocorrer em São António no Texas. Acho que também se torna importante esse tipo de diferenças geográficas, especialmente quando as coisas não parecem estar interligadas.
“Payback is coming, and It’s coming sooner than you think.”
Os assaltantes não eram amadores, conseguindo roubar vários bancos. Contudo, foi graças ao trabalho de investigação que foram apanhados. Apesar de terem detido três dos assaltantes, um deles estava lá dentro com os reféns. Gary controla o assaltante, autointitulado de Wild Bill, e felizmente a ocorrência é contida. As negociações mostraram a importância de fazer ouvir a outra pessoa, mesmo que os ideais não sejam os mesmos. O interessante neste assalto é como Wild Bill não reagiu contra ninguém, mesmo quando momentos antes tinha dito que a vingança estava para chegar e que estava mais perto do que pensavam. São palavras que se tornam relevantes pela falta de ação da parte do criminoso. Porque haveria de o dizer se não iria cumprir?
Gary percebe a ligação à seita do Ramo Davidiano e, apesar desta ação se ter dado no Arkansas, estamos a ter uma ponte para o que aconteceu no Texas em 1993. Exatamente o mesmo acontecimento que levou a que aquelas cinco pessoas fossem julgadas na mesma altura que Gary descobria estas informações.
A União faz a Força
O julgamento é complicado para estas cinco pessoas que seguiam David. É notório como todo o processo já estava feito. A população já tinha escolhido de que lado estava, aliás, numa das cenas entre os cinco devotos de David Koresh, é referido que o julgamento não era sobre a verdade, a equidade e a justiça. O facto de se manterem unidos era algo de louvar. No início é reforçado que apenas eles é que sabem o que aconteceu durante aqueles 51 dias e, desde que ficassem juntos, as coisas ainda podiam ter um diferente final. Acho que o tipo de conversa levou mais à exposição deles a nós, expectadores, humanizando ainda mais o grupo.
Isto ainda agora começou
O primeiro episódio deixa-nos a querer saber mais, com vários fios por onde pegar. Para quem acompanhou a temporada anterior pode ser interessante ver até onde isto vai. Recomendaria sempre vê-la primeiro, especialmente porque ficamos com todo o contexto. Continuamos a ter o Michael Shannon como Gary e temos mais personagens a entrar na história. O que queremos agora? Ver a ligação que poderá existir entre a ameaça feita e a Elohim City.