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A Monstra está à porta de Lisboa!

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Realiza-se já neste dia 15, e até 26 de março, mais uma edição do “Monstra”. A 22ª edição realiza-se em Lisboa e tem como país convidado a terra dos mais temíveis monstros, o Japão.

423 filmes, 8 estreias mundiais, 17 estreias internacionais, 70 estreias nacionais e 50 países representados são de facto números imponentes, que provam que há amantes da animação em portugal. O espaço divide-se entre o Cinema São Jorge – o epicentro do evento -, na Cinemateca Portuguesa, Cinemateca Júnior, UCI El Corte Inglés e Cinema City Alvalade. A abertura decorrerá na Sociedade Nacional de Belas Artes, com inauguração da exposição site-specific do artista e realizador alemão Raimund Krumme.

Tanto para ver…

O centenário da animação portuguesa vai marcar os 12 dias do festival. Há 100 anos, o ilustrador Joaquim Guerreiro assinou o primeiro filme animado que se conhece, “O Pesadelo do António Maria”. Um século depois, “Ice Merchants” (em exibição e em três competições), do realizador João Gonzalez, é a primeira produção do país nomeada para um Óscar e o Monstra conta com a maior representação portuguesa de sempre em competição,
A Competição de Longas-metragens apresenta, entre outras, duas obras portuguesas, “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, e “Os Demónios do Meu Avô”, de Nuno Beato, e uma coprodução entre França, Itália e Suíça, o filme em stop motion “No Dogs or Italians Allowed”, de Alain Ughetto, que vai estar no festival antes de entrar no circuito das salas de cinema. Na Competição de Curtas-metragens, destacam-se dois nomeados para os Óscares: “Ice Merchants”, do português João Gonzalez, e “The Flying Sailor”, das canadenses Amanda Forbis e Wendy Tilby, dupla que esteve presente na MONSTRA em 2019. “Amok”, de Balázs Turai (Roménia, Hungria), “Bird in the Peninsula”, de Atsushi Wada (Japão), “Letter to a Pig”, de Tal Kantor (Israel, França), ou “Steakhouse”, de Špela Čadež (Eslovénia, Alemanha, França) somam-se a esta categoria. Há 13 curtas nacionais na corrida pelo Prémio SPA/Vasco Granja, entre elas, “O Casaco Rosa”, de Mónica Santos, “Garrano”, de David Doutel e Vasco Sá, e, novamente, “Ice Merchants”, de João Gonzalez.

Pontuam ainda as competições Perspetivas (onde se encontra mais um nomeado para os Óscares de 2023, “My Year of Dicks”, de Sara Gunnarsdóttir), Curtas-metragens de Estudantes, Curtíssimas e MONSTRINHA – o braço do festival dedicado às crianças e famílias, onde concorrem “Fairy Horses”, de Oksana Nesenenko (Ucrânia), “I’m not afraid!”, de Marita Mayer (Alemanha, Noruega), e 3 películas de Julia Ocker (Alemanha): “T-Rex”, “Cat” e “Squirrel”.

Que país mais perfeito para simbolizar monstros do que o Japão?

O Japão é o país homenageado nesta 22.ª edição. Os 480 anos da amizade entre Portugal e o Japão são o mote para a homenagem à “riqueza, emoção, fantasia e poesia da animação japonesa”, como sublinha o diretor artístico do festival, Fernando Galrito. Realizadores como Atsushi Wada, Osamu Tezuka, Eiichi Yamamoto e Noburô Ôfuji são alguns dos protagonistas deste itinerário que também homenageia a obra da dupla Renzo e Sayoko Kinoshita, e convida Koji Yamamura para uma exposição com 50 desenhos originais de quatro dos seus filmes, de uma retrospetiva dedicada aos mestres japoneses, com a sua curadoria, e de uma masterclass, tudo no Museu do Oriente. O legado do Studio Ghibli não podia ficar de fora desta edição, com sete clássicos, entre os quais “Ponyo”, “Porco Rosso”, “The Tale of the Princess Kaguya” e “The Red Turtle” – a primeira coprodução do estúdio de animação com a Europa, em 2016, pelo holandês oscarizado Michaël Dudok de Wit, que visita Lisboa pela primeira vez e leva a cabo uma masterclass acerca do processo criativo deste filme. “Akira”, “Demon Slayer” e “Paprika” são mais anime alinhados, assim como uma amostra da nova geração da animação japonesa, pelas universidades de Tama e Tóquio, e uma conversa sobre a magia deste cinema nipónico, com o historiador japonês Ilan Nguyên e a portuguesa especialista em Hayao Miyazaki, Cátia Peres. Fora da competição, destaque especial para o programa que revela criações vindas de países que partilham a língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal), AnimaCPLP.

Sobre a 22.ª edição do Festival de Animação de Lisboa, Fernando Galrito explica que esta é “uma MONSTRA que comemora centenários, mas que mantém o olhar e uma programação vanguardista, qual manifesto de imagens em movimento, de pensamentos e de arte”.

As acreditações que dão acesso ao maravilhoso universo do cinema de animação proporcionado pela MONSTRA já podem ser adquiridas, com preços early bird (até 28 de fevereiro), através do e-mail bilheteira@monstrafestival.com. A Acreditação Cine (1 bilhete por sessão para todos os dias do festival, até 3 sessões por dia) custa 50€ e a Acreditação Cinemaster (às sessões de cinema juntam-se masterclasses) 65€ (menos 15€ e 20€ para estudantes, respetivamente). A programação completa e todas as informações estão disponíveis aqui.

 

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