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Eventos de música: O “regresso à normalidade”!

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Promotores e associações acreditam que 2022 é o “regresso à normalidade” para os grandes eventos de música, ainda que com cumprimento de algumas regras, num setor que passou os últimos dois anos a tentar adaptar-se para continuar a funcionar.

A pandemia covid-19 fez com que o verão de 2020 tenha decorrido sem os habituais festivais de música, com a Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) a estimar uma perda de cerca de 1,6 mil milhões de euros, contra os dois mil milhões originados em 2019. Apesar de que em 2021, se realizaram alguns eventos, estes foram sobretudo de pequena dimensão e em moldes bastante diferentes do habitual.

Os grandes festivais conhecidos como NOS Primavera Sound, Rock in Rio, NOS Alive, Marés Vivas, Super Bock Super Rock, Músicas no Mundo, Sudoeste, Boom E Paredes de Coura já anunciaram o seu regresso para este ano de “normalidade” (2022). Conta-se ainda com estreias, como o Rolling Loud e o Kalorama.

Segundo o presidente da Associação de Promotores de Espectáculos, Festivais e Eventos (APEFE), Álvaro Covões, em declarações à Lusa,

“todos os grandes festivais estão a trabalhar no sentido de acontecerem em 2022. A nossa perspetiva não é a mesma que em 2020 [em relação a 2021], em que estávamos dependentes da vacinação. A nossa perspetiva é trabalhar, que os festivais aconteçam em 2022”, afirmou.

O presidente da Aporfest, Ricardo Bramão concorda:

“Não temos dúvidas que se irão realizar, a grande maioria. Os promotores cada vez mais têm planos B, planos C, mas terão de ter muito mais ginástica porque o público em geral vai comprar bilhete à última da hora, com a certeza de que o festival se realiza e de que ele, ou alguém da sua família, não está em isolamento”, referiu.

A expectativa da Associação Espetáculo – Agentes e Produtores Portugueses (AEAPP) também é que, no próximo ano, os grandes eventos “decorram com toda a normalidade”.

“Não acreditamos que em 2022 haja qualquer razão para os eventos de grande dimensão não acontecerem, e não acontecerem com medidas mais relaxadas do que as que neste momento estão definidas”, defendeu Rafaela Ribas.

Alertou, no entanto, que “o que até agora impediu as coisas de funcionarem de uma forma mais célere e os eventos até de acontecerem, foi uma falta de comunicação clara e atempada daquilo que são eventuais limitações ou eventuais cuidados a ter”.

Ricardo Bramão concorda e recorda que “este setor se adapta rapidamente perante o que lhe é direcionado”, pede, “por parte das autoridades, uma maior certeza a longo prazo”.

 

Será que vamos voltar à “normalidade”?

 

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