Cinema
Sara Ribeiro entrevistou Zack Snyder e conta detalhes
Chegar a casa numa sexta-feira podia ser mais um momento normal na minha semana. No entanto, a agenda trazia-me um encontro virtual com várias partes do mundo e Zack Snyder! Tinha uma mesa redonda virtual com entusiastas da cultura pop onde estar. Ia privar, dentro deste género online, com aquele que marcou a história do cinema com o mais recente filme que fez. Ou refez. Ou continuou a fazer.
Falamos do Snyder Cut, a versão do filme “Liga da Justiça” realizada pelo homem que, na realidade, pegou nela primeiro.
Às vezes, as coisas têm que levar o seu próprio caminho para chegar aonde são esperadas. Este percurso pode ter sido mais longo mas também se mostrou mais interessante, confirmo agora depois de ter visto o filme. Vários dos nossos super-heróis favoritos protagonizam finalmente um filme que lhes devolveu integridade, (comparem as cenas do Aquaman entre um e outro, por exemplo) e espaço para existirem mais à vontade, com coerência e alma.
E com isto em mente fiz uma única pergunta ao realizador (também só podia fazer uma!) e à produtora e esposa, Debbie (nome pelo qual Zack a chama carinhosamente). A minha curiosidade insistia para que questionasse qual a percentagem do que já tinha sido feito que acabou a servir o filme atual. Quanto da abordagem inicial se manteve inalterada? Porque – e vejam se concordam comigo – mudar é humano e conveniente. Se com tudo o que passamos não alterármos a nossa visão e mentalidade parece que a vida não nos influencia. E assim sendo tudo o que produzimos pode mudar connosco.
Então a questão impunha-se – como se passou algum tempo na vida do realizador, e algum dele vivido à luz de uma experiência bastante negativa na vida pessoal, desejava perceber que quantidade do material original teria aproveitado para nos fazer chegar agora a sua própria “Liga da Justiça”.
Publicado por Sara Ribeiro