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Cinema

Alien: Romulus > O retomar às raízes de 1979

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43 anos depois da estreia de Alien, o Oitavo Passageiro temos a oportunidade de ir ao cinema ver o nome filme: Alien, Romulus. Apesar dos anos, quando sai um novo filme do franchise é como se fossemos impelidos a ver, para comentar e verificarmos as mudanças e melhorias (afinal, já somos como especialistas nestas criaturas).

Uma ideia de escape

O filme segue Rain (Cailee Spaeny), que procura sair do planeta onde habita em conjunto com o seu irmão Andy (David Jonsoon). Na tentativa falhada de sair de forma legal, Rain é confrontada com a ideia dos seus amigos que os poderá fazer sair de vez. Pelos vistos há algo na órbita que, através de uma das naves, eles conseguem utilizar como recurso para os levar para o destino. No entanto, a única forma de o fazer é usarem Andy – que além de irmão de Rain é também um android da companhia.

As premissas são boas e aparentemente tinham um plano bem estruturado e pronto para ser executado. Contudo, vejamos algumas falhas. Por exemplo, vamos ignorar o facto de o Andy ser um robot com defeito e que foi por isso que ele não estava a ser usado pela companhia? Vamos acreditar que, apesar de ele responder aos mesmos comandos, que Andy haveria de os conseguir ajudar como eles queriam?

Já existiam algumas perguntas iniciais, mas também entendo a ideia de escape. Só a ideia de tentar… tudo era melhor do que voltar para o trabalho exploratório que tinham.

As maravilhas de entrar numa nave deserta

Sabem o que é melhor do que ter um robot defeituoso? É fazer um reset nesse mesmo robot no momento em que sentem o perigo iminente, num local desconhecido.

Apesar das boas ideias e de haver alguma preparação, a verdade é que vi demasiada gente a ignorar uma nave destruída sem se questionarem imediatamente e sem quererem sair logo dali para fora.

Bjorn (Spike Fearn) tinha as ideias no sítio, no entanto, as emoções deram cabo dele. Sei que se não fosse por ele, grande parte do filme não existia, mas sejamos sinceros, independentemente da quantidade de filmes que vejamos haverá sempre alguém que achará normal que o parasita se prenda ao hóspede e que depois a liberte como se nada tivesse passado (nada vai ultrapassar a cena no filme de 79 quando estão todos a comer e de repente… lá se vai o Kane).

Os efeitos especiais estão simplesmente qualquer coisa. A qualidade de imagem e especialmente os efeitos presentes nos Aliens estão fantásticos: desde o formato de parasita até à sua forma dita adulta.

O paralelo com 1979

Desde o primeiro momento em que Bjorn, Tyler (Archie Renaux) e Andy meteram os pés na nave para conseguirem as cápsulas do hiper-sono que se notou o paralelo com o Oitavo Passageiro. Até o espaço da nave!

A ideia de Rain conseguir escapar é sem dúvida um dos pontos em comum, dado que Ripley  (Sigourney Weaver), também tinha o tinha conseguido. No entanto, as parecenças não ficam por aí. Quer dizer, além do Alien mesmo dentro da nave principal? Eles até conseguiram buscar aquele pequeno detalhe do fato de astronauta!

Não posso deixar de mencionar que este filme trouxe algo que eu não estava à espera: O Rook. Porquê? Ele tinha exatamente a cara do Ash (Ian Holm). Esta forma de homenagem, de certa forma, acabou ser ainda mais evidente o paralelo e o enaltecer o filme de há 43 anos.

As perguntas que ficam

Sinto que há coisas que gostava de ter percebido. Por exemplo, porque é que o Alien agarrou a Rain em vez de terminar logo com ela? O que aconteceu a Kay (Isabela Merced) foi porque ela foi atacada ou foi por se ter injetado com a solução?

O filme não deixa de ser bom, atenção. Não é a mesma coisa que ter Sigourney Weaver, mas conseguimos ter bons efeitos visuais (os silêncios do filme eram perfeitos) e aqueles Aliens, foi sem dúvida a melhor parte (não fossem eles dar o nome à longa-metragem).

Tem 26 anos e veio de cultura e comunicação. Adora cultura pop, é viciada em spoilers ao ponto de ir ver as últimas páginas dos livros. Para ela, Team Marvel é que é.

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