BD & Literatura
O Primeiro a Morrer No Final: Orion e Valentino
A prequela que segue uma sensação de mau presságio logo pelo título, como Adam Silvera nos vem habituando nesta saga Death-Cast. “O Primeiro a Morrer no Final” é uma história que se desenrola num slow paced ao longo de quase 500 páginas.
É o primeiro dia do Death-Cast, é o primeiro dia de incerteza e nervosismo, um ambiente muito bem explorado por Silvera, que nos conta, por fim, como toda esta experiência começou e os motivos para a sua criação.
Os momentos profundos de reflexão e introspeção entre os dois protagonistas, Orion e Valentino, são muito bem descritos e deram aquela camada que acaba por transmitir ao leitor cada emoção de forma crua e intensiva. Depois do primeiro casal, Rufus e Mateo, é impossível lidar com esta história sem comparações, mas a prequela consegue criar um ambiente único dentro do mesmo universo e, contrariamente ao que se poderia ter sucedido, a originalidade está mais do que presente. No enredo, nenhuma personagem tem uma ação supérflua e a procura pelo sentido de conclusão é bem-sucedida.
Este é um romance queer distópico com um dos conceitos mais vastos e criativos do género, pelas mãos de um conhecedor nato dos YA.
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SINOPSE
É a noite de estreia da Previsão-de-Morte. Orion tem uma condição cardíaca grave e foi dos primeiros a inscrever-se, por isso, esperou a vida toda para lhe dizerem quando vai morrer. Já Valentino, não pensa na morte, mas sim em começar uma nova vida.
Os seus caminhos cruzam-se na festa de inauguração e a conexão entre ambos é inegável. Porém, tudo muda quando só um recebe a chamada do Último Dia.