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36 anos de The Legend of Zelda – Uma viagem no tempo

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Foi a 21 de fevereiro de 1986 que o primeiro título da icónica franquia da Nintendo chegava às prateleiras das lojas japonesas. Chegou inicialmente com o nome The Hyrule Fantasy: Zelda no Densetsu, sendo um dos jogos de lançamento do Family Computer Disk System, um periférico exclusivo da consola Nintendo Famicom, que é a versão japonesa da NES (Nintendo Entertainment System), e desde então as aventuras de Link nunca abrandaram o ritmo.

Ao longo de 36 anos, The Legend of Zelda contou com 25 títulos principais e 16 spin-offs, que marcam presença em praticamente todas as consolas da Nintendo. No caso dos títulos principais foram lançados para NES, Game Boy, SNES, Nintendo 64, Game Boy Color, GameCube, Game Boy Advance, Nintendo DS, Wii, Nintendo 3DS, WiiU e Nintendo Switch. Já os Spin-offs foram lançados para Game & Watch, Satellaview (periférico para a SNES), Nintendo DS, Wii, Nintendo 3DS, WiiU e Nintendo Switch, mas também para uma consola que não pertence à família Nintendo, a Phillips CD-i. Esta última consola recebeu 3 títulos muito infames da franquia: Link: The Faces of Evil, Zelda: The Wand of Gamelon e Zelda’s Adventure, que são considerados dos piores jogos de todos os tempos. Mas para contrastar, The Legend of Zelda Breath of The Wild, é considerado um dos melhores jogos alguma vez feito, sendo que a sua sequela é neste momento um dos jogos mais aguardados para 2022.

Quando o primeiro The Legend of Zelda chegou ao mercado, impactou toda a indústria dos videojogos, influenciando diversos videojogos que foram lançados posteriormente. Neste jogo controlamos Link, um corajoso herói que tenta resgatar a princesa Zelda das mãos de Ganon, um vilão que invadiu o reino de Hyrule para roubar a Triforce. Para prevenir este roubo Zelda dividiu a Triforce em oito pedaços e espalhou-a ao longo de dungeons. Link tem então a tarefa de reunir as peças da Triforce para poder derrotar Ganon e salvar a princesa. A gameplay do jogo é típica de um RPG de ação/aventura com perspetiva top down, onde temos várias quests e side quests para completar, inimigos para derrotar, dungeons para explorar e puzzles para resolver. Estas dungeons, ou masmorras, são labirintos, geralmente subterrâneos, com imensos inimigos, boss fights, itens para recolher e habilidades novas que podem ser conquistadas. Apesar de ter chegado ao Japão em 1986 como título de lançamento da Famicom Disk System, foi apenas em 1987 que o jogo chegou ao ocidente, sendo que foi lançado com um cartucho especial completamente dourado, algo que na NES apenas aconteceu com este jogo e o seu sucessor “Zelda II: The Adventure of Link”.

A grande maioria dos títulos de The Legend of Zelda seguem uma premissa semelhante à do original em termos de história. Em termos de jogabilidade The Legend of Zelda A Link to the Past, lançado para SNES e The Legend of Zelda Link’s Awakening, lançado para Game Boy, mantém as raízes de gameplay dos dois primeiros títulos com algumas inovações, mas foi na geração da Nintendo 64 que a franquia voltou a mexer com a indústria. Em 1998 chegou à Nintendo 64 o título The Legend of Zelda: Ocarina of Time, que é também considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, e foi também o primeiro título da franquia a ser completamente 3D. O jogo foi feito no mesmo engine que o Mario 64, e introduziu mecânicas de gameplay que se tornaram o padrão, como as ações sensíveis ao contexto e também o sistema de targeting de inimigos.
The Legend of Zelda Majora’s Mask chegou à mesma consola no ano 2000, sendo que é uma sequela direta de Ocarina of Time. O cartucho do jogo curiosamente é dourado tal como os dos dois primeiros títulos da franquia.

Além de terem definido padrões na indústria, estes dois jogos trouxeram uma banda sonora memorável e das mais cativantes de sempre. As suas melodias são facilmente reconhecidas por quem as ouça, e toda banda sonora em si é de excelência.

Alguns outros títulos tiveram também algum destaque. The Legend of Zelda Oracle of Ages e The Legend of Zelda Oracle of Seasons, foram lançados em 2001 para Game Boy Advance com um estilo mais tradicional, sendo que os dois jogos contam uma história semelhante, mas sendo que Seasons tem uma gameplay mais focada na ação e Ages na resolução de puzzles. The Legend of Zelda A Link to the Past and Four Swords foi também lançado para Game Boy Advance. Neste caso é um relançamento do primeiro The Legend of Zelda, mas com a adição de Four Swords, um modo multijogador que pode ser jogado por até 4 jogadores utilizando o link cable. The Legend of Zelda The Wind Waker chegou em 2002 à GameCube, com um estilo muito semelhante ou de Ocarina of Time, mas com uma arte mais cartoonizada em vez de uma arte mais realista.
The Legend of Zelda: Four Swords Adventures foi lançado em 2004 para GameCube, e é um jogo para vários jogadores onde podemos utilizar a consola Game Boy Advance como se fosse um comando.
The Legend of Zelda: The Minish Cap é a continuação de The Legend of Zelda: Four Swords Adventures, lançado em 2004 para Game Boy Advance.

A geração da Nintendo Wii recebeu em 2006 The Legend of Zelda: Twilight Princess. A história jogo ocorre centenas de anos depois de Ocarina of Time e entre Majora’s Mask e Four Swords Adventures, numa linha temporal alternativa a The Wind Waker. A grande inovação deste título é a utilização dos controlos de movimento e as grandes melhorias a nível de grafismo, realismo e jogabilidade. Em 2011 recebeu também The Legend of Zelda: Skyward Sword, que nos mostra a origem de master Sword a lendária espada de Link.
A Nintendo DS recebeu The Legend of Zelda: Phantom Hourglass em 2007 e The Legend of Zelda: Spirit Tracks em 2009. Já a Nintendo 3DS recebeu The Legend of Zelda: A Link Between Worlds em 2013 e The Legend of Zelda: Tri Force Heroes em 2015, bem como remakes de jogos clássicos, neste caso The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D em 2011 e The Legend of Zelda: Majora’s Mask 3D em 2015. A WiiU não recebeu remakes mas recebeu remasters HD de The Legend of Zelda The Wind Waker e The Legend of Zelda: Twilight Princess. E para terminar a onde de remakes e remasters, The Legend of Zelda: Link’s Awakening recebeu um remake para Nintendo Switch em 2019, modernizando os visuais e gameplay do jogo original. The Legend of Zelda: Skyward Sword foi remasterizado em HD para a Nintendo Switch em 2021.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi o grande ponto de viragem da franquia, e mais uma vez abalou por completo a indústria dos videojogos. O jogo chegou em 2017 para WiiU e Nintendo Switch, e conta com um estilo de jogo completamente diferente do que alguma vez se tinha visto até então. Em Breath of the Wild o jogador recebe o mínimo de instruções possíveis, resultando numa jogabilidade e exploração completamente livres, num grande mundo aberto. Aqui nós temos várias soluções para o mesmo problema, sendo que cada jogador pode resolver da forma que se sentir mais confortável. É introduzido um sistema em que objetos podem ter “reações químicas” entre eles, e pela primeira vez na franquia as nossas armas e escudos vão-se desgastando, acabando por se partir. Outra novidade é que todas as atividades que Link pode fazer, como correr, escalar, nadar e utilizar o paraglider, são agora limitados por uma barra de stamina. Temos agora também de procurar recursos como comida, armas e matéria prima para criar outros objetos ou, por exemplo, acender fogos. As dungeons voltam a marcar presença, mas temos também agora um sistema de torres e templos que podem ser ativados para serem utilizados como pontos de viagem rápida.
Todos estes elementos fizeram de The Legend of Zelda: Breath of the Wild um jogo revolucionário, e é, tal como Ocarina of Time, considerado um dos melhores jogos de sempre.

Chegámos a 2022 com todos estes títulos da The Legend of Zelda, que conseguem sempre ser marcos importantes na indústria, definir padrões e elevar a fasquia da lista dos melhores jogos de sempre. São 36 anos das aventuras de Link que prometem continuar a surpreender todos os jogadores, e a antecipação pela sequela de The Legend of Zelda: Breath of the Wild está a tornar-se cada vez mais intensa. Resta-nos aguardar e acreditar que este título será a celebração perfeita para estes 36 anos de The Legend of Zelda.

 

 

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Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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