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Cinema

Borderlands – Longe dos jogadores, perto de novos públicos

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Quando esperamos ver uma adaptação de um jogo para filme temos sempre um certo receio daquilo que vai ser feito com aquele universo que tanto adoramos. Ao mesmo tempo, temos também expectativas altas, por toda a ansiedade de finalmente podermos ver um jogo que tanto adoramos no grande ecrã.
Estes receios podem evitar uma deceção e as expectativas altas podem desiludir o expectador, mas no fundo a qualidade de um filme vai sempre depender muito da perspetiva de quem o vê.

Borderlands, sendo uma adaptação de jogo para filme, haveria sempre receios, expectativas e ansiedade por parte dos fãs da franquia para saberem que trabalho foi feito. Muitos fãs ficaram desiludidos pelo facto do filme não ser muito fiel à história dos jogos da franquia, apesar de já se saber de antemão que seria uma nova história baseada nos acontecimentos dos jogos. E é compreensível a frustração dos jogadores, mas é certo que temos de pensar sempre pela perspetiva cinematográfica, e há coisas que têm de facto de ser adaptadas para serem mais compatíveis com o grande ecrã, para proteger a integridade do filme em caso de não conseguirem fazer uma reprodução 100% fiel aos jogos ou para trazer o fator novidade a uma franquia que já é conhecida pelos jogadores.

Outra das principais queixas dos fãs foi o quão superficial a apresentação das personagens e o quão subdesenvolvidas foram as suas histórias. Algo que se espera sempre numa adaptação de um jogo para filme é o próprio aprofundar das personagens, ficar a conhecer o seu background, a sua história, mas em Borderlands isso não aconteceu, foi tudo abordado de forma muito superficial. Se não bastasse isso, a caracterização de algumas personagens não estava dentro dos padrões e a backstory de alguns personagens foi completamente alterada para o filme. Além disso, o foco em Lilith, uma personagem que não tem o mesmo destaque nos jogos, acabou por aborrecer alguns jogadores também.

Claro que não posso deixar ficar por apontar o quão family friendly conseguiram tornar Borderlands. Uma franquia de jogos repleta de violência, sangue, explosões, e tudo um pouco do que possam imaginar, passou a parecer que foi infantilizado, com explosões que de facto aconteciam mas pareciam demasiado suaves, os inimigos voavam pelos ares bem ao estilo de cartoon, e não havia toda a violência explicita dos jogos.

Apesar de todos os pontos negativos, Borderlands não é mau filme de todo. Tem ação, comédia q.b., e é um filme divertido para os fãs de videojogos, Borderlands e cinema. Acaba por ser uma experiência cinematográfica divertida que dá para todos os espectadores, principalmente se os jogadores e fãs da franquia já forem para o cinema com consciência de todos os detalhes que poderiam ser fatores de desilusão. Quando digo que é uma experiência cinematográfica divertida, não estou a validar o filme e a dizer que é um bom filme, mas de facto é um filme para se passar um bom bocado.

 

 

 

 

 

 

 

Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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