Divertida-Mente 2 – A Disney Pixar traz-nos novas emoções!

Um mês depois do filme ter saído nos Estados Unidos, estreou a 11 de julho em Portugal uma das sequelas da Disney Pixar mais aguardadas. Desde o primeiro momento em que vimos aquele botão da puberdade no primeiro Divertida-Mente, ainda em 2015, sabia-se que a chegada da adolescência para Riley seria qualquer coisa, e 9 anos depois temos oportunidade de ver como vai ser esta aventura (e com novas emoções).

Bem-vinda, adolescência!

No início, a dinâmica a que fomos habituados no final do primeiro filme encontra-se bem presente. As emoções trabalham em harmonia e em prole do bem-estar da Riley, agora com 13 anos. É com a chegada desta nova etapa, a adolescência, que vem também uma data de emoções desconhecidas, que ninguém estava preparado para enfrentar. Confesso que gostei bastante logo da primeira interação do Medo com a Ansiedade: foi genuína e notou-se ali um elo de ligação a formar-se.

Achei já um bom trabalho da Disney Pixar que a primeira nova emoção a aparecer fosse a Ansiedade (como nos foi mostrado em trailer). É que foi tão ela própria chegar primeiro que todos os outros. Dou valor também a um dos momentos da Ansiedade, em conjunto com a Inveja, de conseguir já fazer dos piores cenários possíveis e demonstrando aquele querer assumir o controlo, como se fosse essa a única forma de conseguir viver a partir dali.

O (des)controlo da Ansiedade

As mudanças na vida de Riley levaram a que história estivesse muito bem estruturada: a questão das amizades, o secundário e ainda a nova equipa de hóquei – acho que foi muito bem pensado trazer este tipo de situações por forma a vermos as novas emoções em ação.

Todas as personagens novas entraram no momento perfeito. Claramente que o destaque foi completamente vincado pela Ansiedade, mas que por si só fez sentido. O facto de ter suprimido as emoções já conhecidas, mostrando uma disposição para o seu (des)controlo ajudou a vermos como a ansiedade pode tomar proposições muito grandes. Reforço, por exemplo, o momento do ataque de ansiedade, que para mim conseguiu mesmo fazer jus.

Não somos perfeitos

A Alegria no primeiro filme aprendeu que o melhor da vida de Riley era poder explorar todo o seu potencial utilizando todas as suas emoções. Agora, ela percebe que a identidade da Riley é perfeita sendo imperfeito. Adorei já para o final todas as emoções a abraçar a essência de Riley. No final de contas o equilíbrio é a chave.

Gostei que para o fim voltássemos a ver a Nostalgia. Ajudou para mostrar a certa complexidade do ser humano e que algumas emoções acabam por vir mesmo com a idade. Quem sabe se não teremos eventualmente mais sequelas de Divertida-Mente?