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Cinema

Miller’s Girl – A maior conquista de Cairo

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Miller's Girl

O filme, lançado já no início do ano no restante mundo, chegou a Portugal dia 4 de abril e, após tantas opiniões diversas, chegou a nossa vez de analisar e de podermos ver a vida de Cairo Sweet no seu refúgio por entre as palavras.

O escape da literatura
O filme segue em especial duas personagens, Cairo (Jenna Ortega) e Johnathan Miller (Martin Freeman). Desde o início do filme que notamos uma perseverança e maturidade por parte de Cairo – que desde jovem que se vê sozinha e cuja única amizade é Winnie (Gideon Adlon). O filme, grande parte dele narrado por Cairo, faz-nos perceber igualmente que a sua grande arma para esta solidão é mesmo a literatura, e em especial a escrita.

A história começa com a chegada da nossa protagonista na turma de escrita criativa de Miller. A meu ver, a interação inicial deles foi bem feita, especialmente ao pegarem no ponto que os dois têm em comum: a literatura. Por isso, quando vemos que Cairo leu o livro de Miller, sabemos já que uma relação está a ser iniciada.

O escrever sobre a sua maior conquista
Ao longo da longa-metragem vemos o evoluir da relação deles os dois – que chega a ser mais do que professor e aluna. Além disso, é notório a ajuda que Miller quer dar para que Cairo consiga entregar o ensaio para a sua faculdade de eleição: Yale. Em conversa sabemos que ela tem de escrever um texto sobre a sua maior conquista e esse será o seu maior desafio. Ora, é partir deste ponto que acredito que tudo fica mais rebuscado.

A ideia de Winnie de seduzir Miller para que Cairo tivesse um tema para escrever pareceu-me demasiado. Notava-se claramente a tensão entre eles e a evolução da relação era clara. Contudo, não achei que fosse realmente um motivo para considerar uma grande conquista, ao ponto de ser tema de um ensaio académico.

Esta demanda de Cairo continua e tudo parece que cai aquando da entrega do manuscrito para uma prova de semestre. Ai é que Miller entende que tem colocar um travão.

O desenrolar após o manuscrito
O filme está dividido em duas partes, por assim dizer: o antes e o depois do manuscrito. E confesso que a segunda parte não foi de todo a que mais me prendeu.

Yale parecia já não ser a prioridade, mas quando chegamos ao fim vemos que afinal, todos os meios eram para atingir essa meta. No entanto, no final qual era mesmo a conquista dela? Qual era o propósito? Seduzir o professor? Como as coisas não aconteceram como ela queria, passou a ser o quê? Destruir a sua profissão? O casamento? Dar um novo sentido à sua vida, mostrando como a moldou igualmente?

Os atores fizeram um trabalho brilhante. Só por serem quem são, já sabíamos que iam fazer uma boa interpretação. Crescemos com Martin Freeman como Bilbo Baggins na Trilogia de The Hobbit e, além disso, Jenna Ortega deu vida, mais recentemente, a Wednesday Addams, na série com o próprio nome, na Netflix. A fama dos atores precede-os: mais uma vez fizeram um trabalho muito bom e confesso que a interação deles foi o que acabei por gostar mais deste filme.


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Tem 25 anos e veio de cultura e comunicação. Adora cultura pop, é viciada em spoilers ao ponto de ir ver as últimas páginas dos livros. Para ela, Team Marvel é que é.

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