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Banishers: Ghosts of New Eden

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Banishers

Imagina que perdias a pessoa que mais amas em todo o mundo e que existe a possibilidade de a ressuscitar. Para isso, terias de cometer injustiças e sacrificar inocentes, mesmo contra a vontade dessa pessoa que tanto amas. O que farias? Ajudavas a que partisse pacificamente deste mundo, como desejado por ela? Ou irias contra os teus próprios valores e não olharias a meios para a trazer de volta?Este é o conceito de Banishers Ghosts of New Eden, o novo RPG de ação do estúdio Don’t Nod, que é bem conhecido pela franquia Life is Strange.

A história é precisamente o que foi referido no parágrafo inicial. Controlamos Red e Antea, caçadores de fantasmas de uma colónia americana no século XVII. Antea, sendo uma experiente caçadora de fantasmas e de assombrações, era a tutora de Red, que além de seu esposo era aprendiz na área. Essa inexperiência levou a um erro que foi fatal para Antea, que assombra Red e lhe coloca a difícil tarefa de escolher entre ajudar à sua ascensão, ou tentar ressuscitá-la.

Ou seja, como já devem estar a calcular, vamos ter de fazer inúmeras escolhas ao longo do jogo, que vão contribuir diretamente para o desfecho do jogo, seja ele qual for. Ao longo do jogo, vamos investigando casos de fantasmas, que muitas vezes envolvem pessoas que ainda estão vivas, e onde teremos que decidir o destino de todas as personagens envolvidas em cada um dos casos.

Todas as personagens que sacrificarmos, irão contribuir para a ressurreição de Antea, e todos os fantasmas que banirmos ou ascendermos e todas as pessoas que perdoarmos, irão contribuir para a ascensão de Antea. Podemos optar por tentar escolher sempre as decisões mais justas, ou então aquelas que são mais favoráveis ao desfecho que vamos querer do jogo. Ao longo da história, vamos tendo momentos com Antea onde ela vai sendo clara sobre o destino que pretende ter, e onde podemos fazer uma promessa de caminho que pretendemos seguir.

Todo o conceito da história é bastante interessante, mas tudo fica melhor com a jogabilidade de Banishers, pelo menos no combate. Isto porque lutamos maioritariamente com Red, mas podemos trocar para Antea. Cada um dos personagens tem os seus próprios conjuntos de ataques e habilidades e, mais importante que isso, cada um deles é mais eficiente contra um tipo específico de inimigos. Red tem ataques com a sua espada e arma de fogo, que são mais eficientes contra fantasmas, enquanto Antea utiliza ataques corpo a corpo e habilidades mágicas que são mais eficientes contra entidades que possuíram corpos físicos. Vamos ter de fazer uma gestão constante entre qual personagem usar e quais ataques usar, tendo sempre atenção a barra de Antea, que se vai esgotando quando esta é invocada, e que indica o tempo que ela pode estar invocada. A barra vai recarregando com ataques de Red. Diria que o combate peca um pouco na parte do sistema de lock nos inimigos, onde muitas vezes foca no inimigo errado. Já as boss battles são bastante épicas, principalmente nas dificuldades mais altas.

A exploração é bastante limitada em certas partes. Não podemos saltar, não podemos atravessar atalhos, temos sempre de seguir o caminho destinado e só podemos escalar ou saltar ao interagir com elementos especificamente assinalados para tal no jogo. Na grande maioria das missões vamos ter de descobrir caminhos, que muitas vezes estão escondidos ou protegidos e só podem ser vistos, atravessados ou abertos com certas habilidades de Antea. Essas habilidades vão ser também necessárias para encontrar pistas escondidas, visto que vamos ter de investigar diversos casos de assombração durante todo o jogo, através da recolha de pistas, ao questionar invocações de fantasmas, reconstruir ecos de acontecimentos, entre outros métodos de investigação. São estas investigações que nos vão ajudar a tomar as nossas decisões sobre o destino de cada personagem.

Temos um sistema de fogueiras, onde podemos descansar, recuperar vida e itens de cura, bem como fazer melhorias aos nossos equipamentos e à nossa árvore de habilidades. Estas fogueiras servem também como fast travel, sendo que podemos viajar entre fogueiras. Essas melhorias necessitam de materiais e também de XP e pontos de habilidade que vamos ganhando ao longo do progresso no jogo e também com a subida de nível. O nosso nível funciona de forma parecida ao God of War, onde será comparado com o nível dos nossos inimigos e a facilidade que vamos ter em derrotar ou não. Pouco mais além disto existem em termos de RPG, que podia quase ser descartado como um todo.

Quanto a gráficos, estes são razoáveis. Não são surpreendentes nem tão bons como muitos que já vimos nesta geração, mas também não são maus, são apenas dentro da média, algo que se aplica também à sua banda sonora.

Banishers Ghosts of New Eden é um conceito interessante, mas não houve nada do jogo que me desse um fator “Uau” ou que me prendesse do princípio ao fim. É um bom jogo, mas não passa disso. Temos um combate bastante interessante, um conceito igualmente interessante, mas tudo empacotado num jogo medíocre que tinha potencial de ser bem mais que aquilo que é.

7/10


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Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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