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Tekken 8 – O Rei dos 3D Fighters

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O torneio do rei do punho de ferro está de volta com Tekken 8, a mais recente entrada da icónica série de jogos de luta 3D, que chegou em força às consolas de nova geração e PC.

Confesso que a franquia Tekken me diz bastante, por ser a primeira franquia de jogos de luta que joguei, e por ser também a minha favorita. Por isso, a quantidade de elogios que estou prestes a dar podiam ser suspeitas, mas o que é certo é que superou todas as expectativas, e se eu coloco o Tekken 3 como o melhor da franquia, o Tekken 8 chegou para bater de frente com o título lendário.

Street Fighter 6 e Mortal Kombat 1 lançaram primeiro os seus jogos na nova temporada, sendo que ambos apresentaram grandes inovações. As dúvidas sobre o quanto Tekken 8 poderia destacar-se dos concorrentes eram muitas, mas de facto surpreendeu. Seja em mecânicas de combate, gráficos, modos de jogo, tudo deu um salto gigantesco.

O Modo de História foi verdadeiramente surpreendente, praticamente todos os personagens do roster inicial tinham algum tipo de participação na história, alguns com mais peso que outros claro. A narrativa foca-se em Jin, o protagonista da franquia, e o seu pai Kazuya, o antagonista. O jogo abre precisamente com uma batalha entre ambos, visto que Jin foi destacado por Lars Alexandersson para uma missão onde o objetivo principal seria travar Kazuya.
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São vários os momentos icónicos da franquia são referidos, como o “The King of the Iron Fist Tournament” ou o tema do Jin, que recebeu uma nova versão. Toda a história está absolutamente incrível, com cutscenes épicas, cheias de explosões e ação, complementadas com quick time events.

Os Character Episodes são parecidos ao modo árcade, com vários combates seguidos que resultam numa cutscene da personagem, que em algumas vêm complementar a história, e noutras apenas algo sobre a história ou desfecho da personagem, com situações bastante “fora da caixa” ou hilariantes.
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O Modo Arcade está de volta e mantém a fórmula, mas não temos de debloquear personagens como nos títulos mais antigos da franquia. O Arcade Quest é um modo novo onde viajamos  por salões de arcade para cumprir missões, subir de nível e ganhar os torneios locais. Aqui controlamos um avatar, criado por nós, que interage com outros avatares CPU e máquinas arcade.

Com o mesmo sistema de avatares temos o “Ghost Battle”, onde jogamos com “fantasmas” CPU que replicam as técnicas de combate de outros jogadores e outros avatares CPU.

Já o modo de repetição e aprendizagem faz a leitura de antigas batalhas e dá dicas de como melhorar a técnica de combate. Esta é uma forma de treino bem mais avançada que o próprio modo de treino, que está disponível e permite treinar combos e ataques, bem como realizar desafios de combo.

Para quem, como eu, que adorou o Tekken 3, ver o regresso do Tekken Ball foi um motivo para entrar numa autêntica euforia. Para aqueles que não conhecem, Tekken Ball é um modo de jogo mais virado para a diversão e brincadeira, com uma rede na praia e uma bola gigante. Temos de disferir golpes na bola de forma a que esta acerte no inimigo e lhe provoque dano. Sempre adorei este modo e adorei ver o seu regresso, mesmo que sem as flatulências super poderosas do Gon.

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Em relação ao online, além das clássicas partidas e ranked, temos agora também um Lounge multiplayer. Faz lembrar um pouco o Lounge multiplayer de Street Fighter 6, onde podemos comunicar com outros jogadores por texto e entrar em combates amigáveis, combates de grupo ou ranked. E claro não esquecer o offline Player vs Player ou Player vs CPU.

E sim, o sistema de ranks ou dans continua igual à fórmula que vemos desde o Tekken Dark Resurrection, com  evoluções e mudanças nos nomes dos Dan’s graduais. Logo, não sentimos uma diferença grande, principalmente do Tekken 7 para o 8. Outro elemento que se mantém é a personalização dos personagens. O perfil de lutador pode também ser personalizado, desde o calling card ao título, passando pela imagem de loading do lutador e até a barra de vida.

Ou seja, Tekken 8 conseguiu pegar nos modos clássicos, fazer melhorias, sem que perdessem a essência. Foi encontrado o equilíbrio perfeito entre o “não mexer no que já é bom” e trazer o fator novidade.

Nas questões mais técnicas, como a jogabilidade, Tekken 8 apresenta melhorias claras na fluidez. No modo clássico temos de fazer os combos manualmente, essencial para quem quer competir de forma mais séria e dominar o jogo. Mas tal como Street Fighter 6, a Bandai decidiu acrescentar um sistema de combate mais fácil e acessível, o Special Style. Este sistema pode ser ativado e desativado com o simples pressionar do “L1” (na PS5, ou “LB” na Xbox) e permite que sejam realizados combos complexos ao fazer cliques simples como três vezes o “X”, ou duas vezes o “triângulo”. Claro que este sistema é muito limitado, mas torna o jogo bem mais acessível para quem está a começar ou simplesmente não quer ter de decorar os combos todos.

Outro elemento adicionado foi o Heat System, que também se assemelha ao que foi feito em Street Fighter 6. Ao clicar repetidamente no “R1”, podemos disferir ataques bastante mais potentes que os normais, e a nossa defesa e ataque ficam também mais eficientes. As Rage Arts já existentes na franquia continuam presentes, com animações mais épicas.

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Contamos com 32 personagens base, sendo que 29 deles vêm dos títulos anteriores mas com a sentida falta de Eddy Gordo, um dos personagens mais adorados de toda a franquia, que chega apenas como DLC na primeira temporada do Season Pass. Azucena, Vitor Chavalier e Reina são os novos personagens que chegam à franquia.

No que toca a gráficos, a Bandai conseguiu brilhar e trazer dos mais bonitos gráficos na nova geração de consolas. Podem não ser os mais realistas, mas são definitivamente dos mais bonitos e detalhados. Não só as personagens em si, como os cenários são bastante compostos, com elementos interativos e bónus para a beleza dos efeitos visuais e animações. A própria interface de utilizador está toda ela bastante limpa e bonita, além de prática e eficiente.

Tudo isto é complementado com uma banda sonora incrível, que além de temas novos, como o viciante tema principal e de menu, tem a adaptação de clássicos como o tema do Jin, que traz um misto de nostalgia e emoção a esse momento específico do jogo onde surge.

Tekken 8 surpreende ao conseguir o equilíbrio perfeito entre a fórmula clássica e novos elementos de gameplay. A Bandai conseguiu ainda perceber as tendências e inovações que se destacaram nos concorrentes e aplicou-as de forma perfeita a um jogo que mesmo sem elas já estaria incrivelmente bom. A forma como todos os modos de jogo e elementos estão aplicados, com os gráficos e banda sonora a colocarem o toque final, fazem de Tekken 8 um dos melhores jogos de sempre da franquia.


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Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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