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Cinema

Past Lives: Análise

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Past Lives

Dois amigos de infância separados depois de uma mudança, reencontram-se duas décadas depois, durante uma semana carregada de confrontos com noções do destino, amor e escolhas.

Com estreia no Festival de Cinema de Sundance em 2023, Past Lives atravessa uma aventura de saudade e decisões. Enquanto acompanhamos a protagonista Nora (Greta Lee) a enfrentar as dificuldades de mudar de país, também recebemos a visão daqueles que ficam e vêm os outros partir. É um filme muito dedicado a um grupo específico, especialmente aqueles que se identificam com o assunto. É mais aconselhável a este pequeno grupo porque o assunto de partir ou ver alguém partir é lhes familiar e conseguem partilhar da empatia dos personagens.

Enquanto filme único, estreitamente dedicado ao público em geral, a maior parte do sentimento ou dos pequenos momentos pouco explicativos (ao olhar deste público), podem afetar a experiência.

Sendo eu pertencente ao primeiro grupo, consigo ver que “Past Lives” é um filme não só filosófico, no que toca a “vidas passadas” com imensas referências ao “In-Yun”, mas muito sentimental nos pequenos detalhes que fazem uma amizade à distância acontecer e como é o processo psicológico e físico dos personagens em terem de mudar as suas rotinas para estarem com atenção para uma nova tarefa nas suas vidas. O processo de descoberta da “pessoa perdida”, ao começo das rotinas de comunicação (especialmente por causa do fuso horário entre a Coreia do Sul e os EUA), e a procura de soluções para estarem juntos novamente, são bem abordados pela relação simplória de Celine Song.

Apesar deste tema profundo e que tem muito por onde explorar, apresenta um subtema que por norma é uma consequência deste tipo de relações: a relação amorosa. Este, meio que pouco querido no filme apenas tocando na sua parte superficial. Onde vemos estes dois “interesses amorosos” a serem confrontados com a relação passada, enquanto lidam com o novo interesse romântico da protagonista, Arthur (John Magaro).

Aqui o filme consegue fugir aos pares clichés, onde por norma, quando um antigo interesse amoroso surge, o novo interesse é infestado com uma onda de ciúmes. O que neste filme, a coisa não acontece da forma exagerada que normalmente vemos, dando algo de novo a este filme.

Não é uma inovação total, mas é um filme muito sentimental e dedicado a um pequeno grupo de espectadores. Este filme já venceu alguns prémios nos “Golden Trailer Awards” e “Hollywood Critica Association Midseason Films Awards”, e está agora nomeado para dois Óscares. Estreia hoje nos cinemas portugueses.


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Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

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