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Cinema

Mean Girls – Uma nova surpresa musical

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Considerado por uma população vasta de adolescentes como um clássico do gênero, o Mean Girls de 2004 é referenciado no dia-a-dia por muitas pessoas. Expressões como “Get In loser, we’re going shopping” ou “On Wednesday, we wear pink” são bastante conhecidas pelo público.

Passados 20 anos, e após uma sequela proibida de se falar, chega o remake. Será que caiu no poço sem fundo de filmes clássicos que receberam um remake e foram horríveis, ou esta é uma verdadeira surpresa?

Por incrível que possa parecer, a 2ª opção é a mais correta. Apesar de não ser muito melhor que o filme original, é um filme que aproveita os bons momentos do antecessor e corrige alguns erros, introduzindo uma história repetitiva mas refrescante para a franquia.

Quebrando já o segredo: esta é uma história completamente igual à que vimos no primeiro filme. A traição de Cady Herons (desta vez interpretada pela Angourice Rice) , a vingança de Regina George (Reneé Rapp), o concurso de Matemática e o baile de finalistas são acontecimentos que ainda aparecem e pontos-chaves do filme que não desaparecem desta nova versão. O que este novo filme faz é na verdade dar conclusões diferentes a alguns momentos da história, com uma nova versão dos acontecimentos, como por exemplo: O que aconteceria se o Aaron realmente encontrasse a Regina a traí-lo com o Shane?

Estes novos momentos trazem um “dejá vu” ao espectador pouco agradável. Senti que as referências ao original, e como quem diz “copiar e colar o guião”, em vez de provocar uma sensação agradável por vermos uma cena antiga, deixa a sensação de “isto é tão estranho ser igualzinho”. Talvez seja neste contraste entre o refrescante e a cópia que se perde o sentimento neste novo filme.

Nesta versão é possível ver mais momentos musicais que o filme de 2004. Apesar de se estranhar ao início, é preciso relembrar que estes momentos são referências ao musical da Broadway de 2017, escrito pela Tina Fey (que está de volta neste filme, como atriz e guionista). Sinceramente não achei muito atrativas as novas músicas, visto que muitas são usadas em momentos inapropriados para o desenvolvimento do guião. Além disso, alguns são longos, alongando o filme para lá do desejável.

Cady Heron, como mencionado, é agora interpretado por Angourice Rice, e apresenta uma versão idêntica à de Lindsay Lohan em 2004, sem características novas. Para ser a Karen Shetty, uma das três plásticas, temos a novata Avantika, que entrega uma Karen tão “pouco intelectual” como a de Amanda Seyfried, ainda assim acrescentando algo mais à personagem. Gretchen Wieners (interpretada por Bebe Wood) ganha mais profundidade ao mesmo tempo que perde mais destaque. A personagem encontra os mesmos conflitos, mas aqui é possível ver uma Gretchen mais afetada por tudo o que Regina lhe faz. E falando do diabo em pessoa, Regina George, ganha uma completa e nova versão. Interpretada por Reneé Rapp, Regina George recebe uns upgrades no que toca à personalidade tóxica e rebelde. O próprio filme ajuda nesses momentos, atribuindo uma iluminação, um plano de câmara ou uma música apropriada para uma vilã. Este lado da personagem tem um ênfase gigante nesta nova versão. Falando de outras personagens, Jaquel Spivey como Damian Hubbard destaca-se com o seu humor e expressões hilariantes. Era difícil não esboçar um sorriso sempre que a personagem se expressava.

Também se observa uma modernização nesta versão, já que em 2004 a tecnologia não era o principal foco dos jovens. As redes sociais e as novas tecnologias ganharam imenso espaço, o que para o filme até ajudou como catalisador, justificando as notícias correrem rapidamente.

Para aqueles que chegaram até aqui e se perguntam: “Será este filme canon com o filme original?”, a resposta é… complicado. Neste filme é possível ver claras evidências que acontece no mesmo contexto que o original, apenas 20 anos depois: relações entre professores, menções de personagens que explicitam isso e até referências a acontecimentos do primeiro filme levam a que se diga “Sim, este filme dentro do mesmo universo que o de 2004”. Mas também existem momentos em que o filme se espalha ao comprido e revela momentos que fazem o espectador questionar-se se estamos a falar a mesma coisa. Mas aqui é falha do filme, que decide atirar ao calhas para ver o que resulta e o que não resulta. Ainda assim, é possível divertirem-se com referências e momentos especiais e nostálgicos. Este é um filme que agrada tanto aos fãs mais antigos como aos mais novos.


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Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

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