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Rebel Moon: Parte 1 – Um Star Wars pobre e barato
Desde o seu lançamento, o novo filme do Zack Snyder, Rebel Moon: The Child of Fire, tem dividido muitas opiniões. Não é novidade que confrontos entre críticos e público acontecem imensas vezes nesta vasta floresta a que chamamos de “Cinema”. A verdade é que quando se trata deste realizador, a luta é mais intensa e por vezes agressiva. É notável que a perseguição ao Snyder e aos fãs têm crescido, com esta nova produção em colaboração com a Netflix, não foi diferente…
Rebel Moon é apelidado por muitos críticos como um filme com uma “história confusa”, “personagens desperdiçados”, e até “uma ópera espacial de Snyder, com os seus impulsos maximalistas ao de cima”. Já os fãs, vêem o filme como “uma aventura visualmente linda”, “efeitos visuais do melhor” e, contrariando o que a crítica disse: “um filme com personagens sólidos”.
Na minha verdade, é que Rebel Moon: Parte 1 entrega uma história simples mas ao mesmo tempo complexa. Snyder tenta introduzir muita coisa em apenas 2h15m, o que por vezes deixa a história confusa, o desenvolvimento pobre dos personagens e muita complexidade da heroína na protagonista. Este último é uma coisa que afeta bastante a história, porque coreografias, a própria atuação e apego emocional do espectador à personagem (que até então, não era um problema nos filmes do Snyder) estragam a conexão entre o público e o filme. Este foi um dos problemas mais assentes que prejudicou a minha experiência com o filme. Especialmente porque parecia estar a ler uma comic dos anos 60, onde os personagens precisavam de dar um discurso todo megalodon para justificar as suas ações, ou explicar um facto sobre um personagem. Aqui foi a constante explicação e resumo da história e vida de um personagem a partir da introdução dos personagens. Exemplo: Sempre que um personagem queria ser apresentado, um outro personagem era responsável por dizer o nome, o local, a história de vida, o que fez, quem era, o porquê de fazer aquilo, etc, etc… E se isto acontecesse poucas vezes até poderia passar (dificilmente!!), mas a verdade é que foi esta história com todas as personagens… Confesso que foi algo muito irritante.
A verdade, é que para um filme que foi promovido como “a próxima grande franquia de Sci-fi da Netflix” ou “O Star Wars da Netflix” fica muito aquém da realidade e. apesar de termos as claras referências ao género, o que temos é apenas um insulto a Star Wars e a todo o seu lore.
No entanto, ainda existem algumas coisas neste filme que chamam a atenção. A cinematografia bela de Snyder continua presente mais uma vez, fortificando o seu carácter neste ramo. Os efeitos visuais estão fabulosos, especialmente com o personagem “Levitica” (Tony Amendola) que faz muito lembrar o Capitão Salazar do filme Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias, e as lutas espaciais com naves (típico Star Wars, não é?) estão bastante agradáveis visualmente. Um personagem que foge a muitas exceções, é o General Atticus Noble (Ed Skrein) que foi uma surpresa para mim. A sua postura, expressões e ações como um general ditador (provavelmente com referências no personagem “Hans Landa”, de Inglorious Basterds) foram um novo ar neste filme que parecia estar pregado a um ambiente de “heroísmo” excessivo.
Resumidamente, “Rebel Moon: The Child of Fire” é uma desilusão no que toca aos requisitos propostos e ao realizador em questão, entregando uma história pobre, desenvolvimento de personagens fracos, um guião estranho, mas ao mesmo tempo, visualmente bonito, com bons efeitos e algumas exceções positivas.
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