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Cinema

May December – Análise

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May December

Neste novo filme realizado por Todd Hayne, somos apresentados a uma atriz de nome Elizabeth Berry (Natalie Portman) que está a fazer um filme baseado na vida de Gracie (Julianne Moore), uma mulher que ficou muito famosa nos anos 90 após se ter envolvido sexualmente com um rapaz de 13 anos, de nome Joe (Charles Melton). Casaram, tiveram 3 filhos e viveram felizes numa casa “isolada” do mundo exterior. A história é baseada num acontecimento real, onde uma professora “Mary Kay Letourneau” se envolveu com um aluno de 12 anos, em 1997.

O filme apresenta-nos temas como a mentira, a manipulação, o amor impossível e traição. A narrativa desenvolve-se muito bem, colocando o espectador na 3ª pessoa, onde acompanha o momento em que Elizabeth chega à casa do casal. Durante o filme vai-se intrometendo, com a desculpa que é tudo parte da pesquisa do filme.

A metamorfose é um dos conflitos mais abordados no filme, sendo exibido a partir de referências de transformações de animações, pela transformação da personagem de Elizabeth em tornar-se cada vez mais como Gracie. Na sua transformação total, a dúvida surge no espectador: será que foi todo um plano para Elizabeth se intrometer na vida do casal e colocar dúvidas entre os dois, ou apenas uma boa “pesquisa” para um papel de um filme independente?

A atuação de Natalie Portman é o que mais ajuda nesta questão. A forma como se desenvolve a nível vocal, de personalidade e estético é impressionante. O espectador vai acompanhando a mudança de Elizabeth para Gracie em apenas 2 horas de forma bastante coerente e genial.

E o que dizer da Julianne Moore? Uma atriz sensacional que entrega de tudo em mais um maravilhoso papel, com uma humanidade complexa e as falhas necessárias para a sua personagem. A sua naturalidade de fala, as suas ações, fazem simpatia com o espectador e fazê-lo acreditar que ela é apenas uma vítima das circunstâncias. Uma grande crítica para este tipo de casos e, em especial para o casal real, que ainda se mantém ao longo destes anos todos.

Mas a surpresa do filme vai mesmo para o ator Charles Menton. Bastante conhecido por Riverdale, como Reggie, entrega um personagem genuíno e uma interpretação incrível, trazendo sempre um drama diferente para cada cena. Tem poucas falas em comparação, mas as suas expressões e ações dizem tudo. Consegue mostrar ao espectador o seu passado a atormentá-lo a cada confronto da realidade acionados pela Elizabeth, que o obriga a ter uma crise existencial ao aperceber-se de tudo o que passou enquanto criança.

O filme, apesar de ter recebido diversas indicações a prémios e de ter ganho alguns, é uma verdadeira surpresa. Um filme muito complexo narrativamente, mas fácil de ser visto. Uma história pesada cheia de “horror” social e temas pesados. É com certeza um filme que merece ser visto no cinema.


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Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

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