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Cinema

Marvels – A Maravilhosa Leveza da Marvel

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Marvels

[Não contém spoilers] A Marvel já viveu momentos mais felizes, em que a paz entre o público e o “império” era harmoniosa, todos estavam felizes e não havia maneira de errar. Com a abertura das fendas para o Multiverso, esticou-se demais a teia e o verniz estalou. O futuro do franchise mais rentável de sempre está em risco. Mas estará num ponto sem retorno?

A principal resposta que Marvels dá é que talvez não. É um filme com todos os ingredientes que fizeram sucesso no passado, como a leveza narrativa, o espectáculo visual e o humor. Mas verdade seja dita: no que toca a expectativas, o lume queimava brando. Além do estado geral que já referi, o primeiro filme de Capitão Marvel não correu bem. Brie Larson virou casting non grato (vá-se lá entender o ódiozinho de estimação), Kamala Khan chega da Disney+ com uma audiência fraquinha e Monica Rambeau teve uma discreta introdução, há três anos, em Wandavision. Se adicionarmos a fraca pré-reserva de bilhetes, um elenco feminino (Vá-se lá entender – Parte 2: a Trenguice Continua), tudo jogava contra as heroínas da Luz.

Este filme não merece partir tão em desvantagem. Tem a duração simpática de 1h45, tem humor, coração e uma cinematografia diferente do que vimos até agora (com planos alargados, que resulta muito bem no espaço e nas cenas de voo, em vez do claustrofóbico close up). Tem ainda um trio de protagonistas que cria simpatia com o público, e para isso muito contribui Iman Vellani, sempre um doce de Kamala.

Há lugar para momentos bem bizarros com felinos e o planeta das canções é um grande tiro ao lado, mas o filme nunca mergulha profundamente na pura parvoíce de Thor Love and Thunder nem no festival de CGI dissociativo de Quantumania. É a dose equilibrada de momento bem passado que pode entreter qualquer um.

Obviamente tem os seus defeitos, se é que podemos apelidar assim, já que muito nãodepende do próprio filme. Sobressai a impossibilidade de qualquer pessoa que não tenha visto pelo menos um filme e duas séries anteriores em perceber o que está a acontecer, assim como o cimentar da personagem Nick Fury como um avôzinho cansado e com sentido de humor, em vez do pilar dos Vingadores. Mas há algo que Marvels não pode sacodir das culpas pessoais: Zawe Ashton segue a tradição de ser uma vilã profundamente esquecível. Nem Lee Pace conseguiu escapar a esta realidade e Dar-Benn é uma pobre cópia Kree com tiques a faciais cartoonescos.

Há uma cena a meio dos créditos que comprova que a Marvel se prepara para largar uma granada. Granada pensada originalmente para iniciar uma nova Fase, mas que servirá antes para rebentar o mais cedo possível e relançar todo um Universo. Erros todos cometemos, e quando falamos de 33 filmes e 9 séries não é propriamente uma viatura fácil de parar e inverter a marcha. Mas apostar contra Kevin Feige e uma equipa com mais de 15 anos de sucessos, parece-me imprudente.

Marvels está nos cinemas a partir de hoje. Posso confirmar que desfrutar em IMAX vale bem a pena, se tiverem essa possibilidade.


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