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Cinema

Killers of the Flower Moon – A morte da comunidade Osage

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Killers of the Flower Moon

“De quem é esta terra?” – “É minha.” É com este diálogo entre Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio) e Henry Roan (William Belleau), que o espectador inicia a sua aventura neste novo filme épico realizado por Martin Scorsese. Um filme adaptado do livro com o mesmo nome, escrito por David Grann, Killers of the Flower Moon conta a história da ascensão e queda da tribo Osage, perante um mal que se aproveita da tribo: o homem branco.

O filme foca-se no grupo Osage, mas aborda temas como a morte, o petróleo, dinheiro, traição, vingança e a criação do FBI. O espectador vai sentir bastante que este é um filme completo do Martin Scorsese, com 3h30m de duração. O cineasta tem todo o tempo do mundo para desenvolver e apresentar tudo o que lhe passa pela cabeça. É possível afirmar até que as mais de três horas não passam pela memória do espectador, já que a história é tão bem contada e bem direta ao assunto, mas com espaço para se desenvolver mais histórias.

Nesta tragédia americana, há imensas questões controversas e polémicas da década de 1910 até ao início da de 1930, com espaço para conspirações, drama, crime e muita desconfiança entre os personagens e a comunidade Osage em relação aos homens brancos.

Sendo um filme de Scorsese, podemos esperar (e confirmadíssimo por aqueles que assistem ao filme) uma cinematografia com planos espantosos, banda sonora de qualidade e um elenco de luxo, onde as representações explicam o sucesso da carreira dos atores em questão: Leonardo DiCaprio (Ernest Burkhart), Robert De Niro (William Hale), e, apesar de ser um nome desconhecido, Lily Gladstone (Mollie Burkhart) dá um espetáculo de representação no filme. Tanto como atriz principal ou secundária (dependendo dos tópicos que as academias avaliem) não me admirava que fosse um nome consensual nos principais prémios de cinema. Ainda há espaço para se mostrarem, Jesse Plemons (como Tom White), Brendan Fraser (W. S. Hamilton), Louis Cancelmi (Kelsie Morrison), Tatanka Means (John Wren) e William Belleau (Henry Roan).

Ainda assim, e sendo a película uma adaptação do livro “Killers of the Flower Moon: The Osage Murders and the Birth of the FBI”, de David Grann de 2017, muitos elementos ficaram em falta para aprofundar, como por exemplo, a criação do FBI, que dá origem ao nome do livro e é apenas apresentado através de um elemento apenas.

O que o espectador pode sentir é a falta de ação “diversificada” e variada ao longo das três horas. Podem sentir uma quebra de ritmo em certos momentos, mas sinto que essa falta de ação é bem substituída por uma narrativa coesa e interessante.

Resumidamente, Killers of the Flower Moon é um “mimo” especial para os fãs do Martin Scorsese, cinéfilos, críticos, espectadores comuns… para toda a gente. A qualidade do realizador é notória, finalizando o filme com chave de ouro, ações espetaculares, explosões, mortes, crime, conspiração, guerra, e traição. Um filme completo do Scorsese que deve ser visto e revisto numa sala de cinema (preferencialmente IMAX).


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Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

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