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Black Mirror – T6 positivamente terrorífica

A sexta temporada de Black Mirror chega à Netflix com uma nova fornada de cinco episódios repletos de ficção científica, histórias sobrenaturais e cenários repletos de tensão.
Aaron Paul, Annie Murphy e Zazie Beetz são alguns dos grandes nomes que surgem durante esta temporada, transportando-os para o universo de uma série que não tem mãos a medir na sua crítica social, inclusive, abordar a grande plataforma de streaming que a acolhe. O terror e tensão estão presentes em todos os episódios, nunca deixando de parte os toques de comédia e ação a que Black Mirror sempre nos habituou.
“Joan Is Awful” e “Mazey Day” focam a sua temática no consumo excessivo (e por vezes extremamente invasivo) de conteúdo proveniente da sobre-exposição negativa de figuras públicas, abusando dos seus direitos de imagem e desrespeitando a sua privacidade. Não só apontam os defeitos e consequências desta busca, como também justificam a procura dos mesmos devido à recetividade e engajamento das audiências.
“Loch Henry” aponta o dedo aos documentários de true-crime que têm vindo a ganhar bastante popularidade ao longo dos anos. Através da visão de um casal de produtores de cinema, este episódio demonstra os benefícios e consequências para todos os envolvidos ainda vivos; em desenterrar eventos traumáticos passados com simples intuito de realizar uma série que apele às massas.
Por fim, “Beyond the Sea” e “Demon 79” escolhem os olhos como o Black Mirror das suas histórias. São as vivências e personalidades que o ser humano adota que fazem com que este se corrompa mais facilmente quando chega ao seu limite. O surgimento de uma justificação dos seus atos e perceção pessoal quanto à situação onde se encontra, fazem com que este muitas vezes quebre e tome ações repreendidas dentro de si.
Estes cinco episódios mostraram-se como uma boa lufada de ar fresco, depois da despedida agridoce que o episódio “Rachel, Jack and Ahsley Too” nos deixou no final da quinta temporada.
