Ghosted – Tinha tudo para dar certo…

Ghosted tinha tudo, desde o início, para dar certo. Título cativante, ideia que veio da equipa que nos trouxe o sucesso de Deadpool, estrelas de topo como Chris Evans e Ana de Armas, e um híbrido de ação, comédia e romance capaz de atrair qualquer um. Contudo, isso não se verificou.

O filme conta história de Cole (Chris Evans), um agricultor com uma “pequena” obsessão por plantas, que se apaixona por Sadie (Ana de Armas), suposta curadora de arte, num farmer’s market. Depois de Cole ser “ghosted” (tentar falar constantemente com Sadie mas não obter resposta), decide viajar para Londres atrás dela, onde descobre que ela não é quem diz ser.

Esta sinopse leva a crer que o filme seria interessante e cativante, porém, encontra-se repleto de um diálogo robótico, de uma inesperada falta de química e carisma entre atores principais, que até já tinham interagido muito bem em filmes anteriores (“Knives Out”, “Gray Man”), e de uma horrível banda sonora, que marca de forma negativa as sequências de ação ao longo do filme. E por falar de ação, esta não deixa o espetador de boca aberta, nem a história que a impulsiona, sendo que não apresenta nada de novo e se prolonga para além dos limites.

No entanto, o lado bom do filme é a presença espontânea de vários atores amigos de Chris Evans, como Ryan Reynolds, Anthony Mackie e Sebastian Stan, e a introdução de falas partilhadas antigamente entre os mesmos, o que ajudam os espetadores a ver o filme até ao fim, e contribui para a “suposta” faceta humorosa do filme.

Assim, e apesar do divertimento que os cameos trazem, estes não apagam a má história, a trágica banda sonora, e a infeliz realização que marcam o filme de início ao fim e o tornam não num blockbuster hit, mas num filme que é passível de se ver, por pouco.