Connect with us

Cinema

Suzume: Fechar Portas para Salvar o Mundo

Avatar photo

Published

on

Suzume

Makoto Shinkai traz-nos novamente a beleza de mundos em perigo com o mais recente Suzume.

Suzume, ou Suzume no Tojimari, filme de animação japonesa realizado por Makoto Shinkai, chegou aos cinemas portugueses cinco meses depois da estreia japonesa e dois meses após a estreia internacional no Festival Internacional de Berlim. Valeu a pena para uma das grandes fãs de Makoto Shinkai toda esta espera? Valeu!

Depois do grande sucesso de Your Name em 2016, superar tal filme já não seria fácil para o realizador. Que o diga Weathering with You, de 2019, que apesar de também ser uma obra-prima da animação realista, ficou pouco atrás do anterior. Para mim todos são magníficos à sua maneira.

Suzume

Suzume conta-nos a história de uma adolescente de 17 anos que conhece um universitário misterioso e começa a ajudá-lo a fechar portas espalhadas por vários locais japoneses, que quando abertas libertam desastres.

Como sempre, o que mais se destaca na animação de Shinkai é o realismo dos desenhos. Os fundos são tal e qual fotografias, só atraiçoados pelas personagens. O detalhe de como qualquer rua, qualquer edifício é desenhado tal como é na realidade é sempre surpreendente. O uso das cores é de tal modo conseguido nos sentimos a viajar pelo Japão com as personagens. Assistir aos cenários, aos pormenores, só por si compensa.

O desenrolar da ação tem o típico storytelling do realizador, especialmente para quem viu todos os anteriores. M há sempre algo de novo, de surpreendente e uma grande ligação à cultura japonesa, desde acontecimentos reais à mitologia. Até uma referência a Whisper of the Heart de Hayao Miyazaki, do Studio Ghibli, assim como outros easter eggs (o próprio Shinkai afirmou inspirar-se nas produções Ghibli nos seus trabalhos).

Outro ponto forte é a banda sonora. A parceria Shinkai-Radwimps, desde Your Name, é algo que funciona lindamente. Ao longo do filme só se houve instrumental composto pela banda e Kazuma Jinnouchi (Detetive Pokemon) e alguns clássicos do pop japonês. Mas a música faz-nos imergir por completo nos eventos. Há ainda uma fluidez natural nos acontecimentos. Porém, claro que nem tudo é perfeito, como é óbvio. E aqui o romance, na minha opinião, apenas falha na rapidez, já que tudo parece muito acelerado.

Suzume

Para terminar, o Daijin é um fofo. Destaco ainda alguns pontos chaves do filme para que os tenham em conta: Além, Presente e Passado, Passagens e Ligações. Devem aproveitar enquanto esta obra-prima se encontra nos nossos cinemas. Algo que é raro.

Mais conhecida como Vicky, é bioantropóloga com um enorme gosto por ossos, esqueletos e evolução humana. Tem uma paixão desde que nasceu pela cultura popular, de literatura ao cinema. Uma geek assumida e orgulhosa! O seu hobby preferido atualmente é perder-se na cultura popular asiática, especialmente nos anime e K-dramas.

Mais artigos