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Wo Long: Fallen Dynasty por uma “noob” em soulslike

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Esperei muitos anos e finalmente o dia chegou. Desta vez precavida, porque é muito mais difícil partir um teclado ou um rato com fios, lá me aventurei no meu primeiro soulslike em muitos anos. Para ser específica, sensivelmente dez anos, quando o meu comando da velhinha PS3 ficou estatelado no chão após horas a tentar matar um boss. Aprendi a lição e prometi a mim mesma que nunca mais tocaria neste tipo de jogo, que me deixa mais irritada do que distraída. Aproveitei a minha subscrição do XBox Game Pass para entrar novamente neste mundo de frustração e de muitas horas de aprendizagem da técnica certa para derrotar os inimigos e pensei para mim: porque não documentar tudo o que foi para mim voltar aos soulslike aqui, na EPOPCulture News?

Atenção, antes que passemos à chacina, quero avisar que este artigo não é uma análise, mas sim uma opinião de uma pessoa que até hoje não consegue compreender o fascínio pelo universo dos jogos soulslike.

Em Wo Long: Fallen Dynasty assumimos o controlo de uma personagem que luta pelo poder entre reinos nos últimos dias da Dinastia Han, durante a Era dos Três Reinos na China. Entre os vários locais, batalhamos contra o chefe para conquistar o controlo e passar ao próximo destino. O loop que em termos de imersividade histórica não é provavelmente o melhor, mas que cumpre o seu efeito neste estilo.

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Uma das primeiras coisas que me deixou presa ao ecrã foi a customização. Admito que nem sempre sou fã de poder alterar todo e qualquer pormenor da personagem que estou a criar, mas neste caso em específico, as características que podemos colocar e retirar estão bem balanceadas para não se tornar massador ou cansativo. Posso desde já dizer-vos que a minha falta de prática se notou: em cinco minutos de jogo já tinha morrido duas vezes para NPC’s básicos, sem grandes habilidades, no tutorial inicial. Belo começo para uma jornada que se veio a revelar um pouco difícil, até que compreendi que o problema tinha sido eu, ao colocar os settings dos controlos mal. Mais um ponto para Wo Long, menos um ponto para a Filipa: devia ter escolhido o “mouse ativado” para não ter a câmara fixa num ponto, o qual torna o gameplay mais complicado.

A partir daqui as coisas começaram a fluir relativamente bem, comecei a ter mais domínio nos ataques e a perceber que, se queria sobreviver, tinha que usar o parry muitas vezes. Logo eu que em todos os jogos adoro ser aquela que vai em frente, sem olhar ao nível dos inimigos ou ao seu poder. Sempre ouvi dizer que a melhor defesa é o ataque, mas aqui isso não funciona. Temos que ir com cautela, por vezes sorrateiramente, para não sermos vistos e utilizar a estratégia se queremos vencer os chefes de cada reino. Não foi fácil e por vezes tive mesmo que forçar a minha entrada no videojogo para continuar a narrar-vos esta curta experiência. Quando pensava que tinha morto Zhang Liang, eis que entra a cutscene e afinal era só a primeira fase e eu sem poções, levo com um golpe brutal, vezes sem conta. Eu sei que o problema na realidade sou mesmo eu, já que a experiência nesta dificuldade punitiva para o jogador é bastante bem recebida pela maioria do público, mas para mim é só frustrante morrer doze vezes para o primeiro boss.

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Contudo, devo dizer-vos que compreendo a magia por detrás de Wo Long: Fallen Dynasty, principalmente no que toca a gráficos. Fiquei muito impressionada com o ambiente e a atmosfera do jogo e com a beleza dos combates, principalmente quando utilizamos o Ataque Espiritual e o confronto ganha outra vida. Pena que, para mim, se torne enfadonho e meio sem graça ter que repetir a mesma fórmula durante 26 horas de história principal, as quais não consegui percorrer e disse mesmo adeus a este videojogo antes da história terminar.

Chegamos à conclusão inicial: Soulslike não é (infelizmente) para mim. Gostava sinceramente que o resultado desta tentativa fosse diferente, mas isso não me impede de constatar que, para quem gosta do género, Wo Long: Fallen Dynasty vale muito a pena experimentar. E se tal como eu, tens a subscrição do Game Pass ativa, não custa nada mergulhar neste universo.

Podes ver aqui outros jogos do XBox Game Pass

Metade humana, metade geek, esta espécie rara do universo gaming não dispensa uma tarde de jogatinas como nos bons velhos tempos com os vizinhos do bairro. Mal sabia ela que esta pequena paixão um dia se ia tornar num verdadeiro amor pela Cultura POP, daqueles para a vida toda. Jogos, animes, k-pop, séries, filmes, venham eles e é uma miúda feliz. Fazer gameplays é totalmente a sua praia, por isso criou o seu ninho da felicidade no Youtube, onde se dedica ao melhor hobby de todos, que a faz dar as maiores gargalhadas e permitiu encontrar a comunidade onde pertence, sem limites nem julgamentos.

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