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Cinema

Tetris a história que encaixa no jogo

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Desenvolvido por Alexey Pajitnov, Dmitry Pavlovsky e Vadim Gerasimov em 1984, “Tetris” é um dos jogos mais conhecidos, vendidos e influentes da indústria dos videojogos. Após 39 anos de existência, só agora temos uma produção baseada na história por detrás deste jogo.

É muito provável que quem esteja a ler esta review já tenha jogado o jogo, mas será que conhecem as reviravoltas, a quase aquisição pela SEGA, e toda a polémica para lá do jogo?

Bom, é essa a premissa que o filme realizado por Jon S. Baid tem para apresentar. Tenho logo de destacar este ponto positivo, que é o facto de o filme contar como tudo aconteceu em apenas duas horas. E ainda melhor, fá-lo de forma coerente e bastante agradável. Consegue transmitir tensão quando precisa, transmitir um clima de suspense nas situações certas e, a parte melhor, é que não é algo explícito. O uso da banda sonora, com aproximações na câmera, mais a belíssima atuação de Taron Egerton (que interpreta o Henk Rogers), contribuem para um puxão do filme ao espectador trazendo-o para este universo. Mostra as adversidades do perigo que é estar numa União Soviética, como americano, e tentar introduzir um método capitalista ao mecanismo comunista da época.

Para contextualizar, este filme conta a história de como as licenças do “Tetris” chegaram à Nintendo. Acreditando ou não, a empresa superfamosa por nos apresentar o Mario e o Luigi, teve e perdeu várias vezes o direito deste jogo por conta de uma série de problemas, contratos e direitos de autor mal resolvidos.

Para não falar muito do que se passa do filme, vou só apresentar os três tipos de problemas que levaram a SEGA, a Nintendo e até a Microsoft a deterem os mesmos direitos e, ao mesmo tempo, nenhuma das empresas a os ter realmente… Estes são: direitos do videojogo global (para PC’s), direitos para Arcade e direitos para consolas portáteis. É nesta disputa em que o filme se foca. Para além disto, o nosso protagonista enfrenta também outros problemas mais pessoais, como o relacionamento da família de Henk no que toca a todas as promessas que ele faz e a falta de presença do pai/marido nesta família.

Uma parte também bastante bem conseguida é todo o ambiente que acontece na União Soviética. A segurança apertada de quem entra no país, as referências à KGB e a opinião da população face à situação que vivem.

Outro aspecto que gostei bastante, e talvez o crucial para que seja um bom filme, são os mini plots que vão acontecendo à medida que o filme avança. Todas as reviravoltas que acontecem e que mudam o rumo de um acontecimento. São situações que prendem o espectador e o bom uso deste tipo de mecânica faz-nos ficar agarrados e a não sentir que o filme seja completamente exagerado. No entanto, existe coisas que não gostei, como a falta de coerência entre o primeiro ato e o resto do filme. Sente-se uma pressa para apresentar o filme e abranda imenso e começa a ganhar o ritmo certo uns bons minutos depois de começar.

Resumindo: “Tetris” é um bom filme, entretêm, sabe o que está a fazer e mais que tudo, faz-nos ter vontade de jogar Tetris mal acabe o filme.

 

 

 

 

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Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

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