Lucky Hank 1×01 – Bob Odenkirk está de volta

Um professor universitário rezingão é a nova aposta da AMC.

Depois de “Better Call Saul”, que esteve no ar entre 2015 e 2022, Bob Odenkirk volta ao protagonismo com “Lucky Hank”. William Henry Devereaux Jr., mais conhecido como Hank, é o presidente do departamento de inglês na Railton College, uma instituição de artes liberais no centro da Pensilvânia. Mas o seu posto pode estar em risco de terminar quando o seu cinismo toma proporções maiores. No início do episódio, o aluno Bartow põe em causa a legitimidade do seu tutor, quando este ignora a sua redação. Hank, que é caracterizado por divulgar pouco a sua opinião aos alunos, explode de raiva referindo que aquela escola é um atentado de mediocridade. Quando tais informações chegam ao jornal escolar, e mais tarde aos ouvidos do diretor do ensino, terá repercussões na vida profissional e pessoal de Hank.

Esta série é baseada na obra literária de Richard Russo, “Straight Man”, que aborda as próprias experiências como professor de inglês. Com um texto fácil, repleto de pensamentos e com uma boa dose de humor. “Lucky Hank” é uma série desenvolvida por Paul Lieberstein e Aaron Zelman, que também tem esse caracter crítico. A personagem principal assenta a Bob Odenkirk como uma luva. Hank é um mesquinho adorável que tem uma visão muito própria sobre o mundo. Esta é a típica personagem que odiamos amar.

Apesar do título ter o nome do protagonista, a narrativa não se foca apenas em Hank, mas também nas personagens secundárias que completam o elenco: seja a sua esposa Lily, que é diretora de uma escola local, que não gosta de conflito e não vive totalmente satisfeita com a carreira, ou os colegas professores, com opiniões bastante diferentes sobre Hank, odiando ou tolerando Hank.

Bob Odenkirk já provou que consegue levar bem uma série para a frente. Prova disso são as quatro nomeações aos Globos de Ouro com “Better Call Saul”. Com esta série podemos esperar muito do ator. Uma coisa é certa, são esperados momentos divertidos, com situações caricatas do dia a dia de Hank.

Com apenas o primeiro episódio fartei-me de rir em alguns momentos, não só com o argumento em geral, mas com o momento em que a professor Ashley prende o caderno de argolas no nariz de Hank. Percebemos que só por estas cenas a comédia é um dos ingredientes principais da série. Outro fator interessante é que ouvimos em voz-off os pensamentos do protagonista, aprofundando o nosso conhecimento da personagem.

A série ainda agora começou e o primeiro episódio já mostrou muito. Estou curiosa para o que vai acontecer nesta nova aposta da AMC e, claro, Bob Odenkirk nunca é demais.