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Cinema

Será que Moonfall traz algo de novo para os filmes de ficção científica?

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Moonfall: Rota de Colisão, distribuída pela Cinemundo, é uma das estreias desta semana nos cinemas portugueses. Com duração de 131 minutos, tem a realização de Roland Emmerich, sendo que Halle Berry, Patrick Wilson e John Bradley são os protagonistas desta produção de ficção científica, juntamente com Michael Peña, Charlie Plummer, Kelly Reilly, Eme Ikwuakor e Donald Sutherland.

A história desenrola-se ao redor de uma força misteriosa que tira a Lua da sua órbita e envia-a numa rota de colisão que vai aniquilar toda a vida na Terra. Semanas antes do impacto, e com o mundo à beira de aniquilação, Jo Fowler (Halle Berry), administradora e ex-astronauta da NASA está convencida que tem a chave para salvar a todos, mas apenas um astronauta do seu passado, Brian Harper (Patrick Wilson), e o conspiracionista, K. C. Houseman, acreditam nela. Estes heróis improváveis vão ter de embarcar numa última missão impossível ao espaço, deixando para trás todos os que amam, apenas para descobrirem que a nossa Lua não é o que pensávamos.

Jo Fowler é alertada para um facto terrível: uma força inexplicável fez com que a Lua saísse da sua órbita natural e se continuasse em direção à Terra colocando em causa toda a vida do planeta.

Numa tentativa de impedir esta catástrofe monstruosa, Jo alia-se a um grupo de cientistas e segue missão até à Lua para perceber o que pode ser feito. Lá, deparam-se com um segredo guardado desde 20 de julho de 1969, o dia em que, durante a missão Apollo 11, os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram o satélite natural da Terra pela primeira vez.

Enquanto estão nesta missão, a tentar fazer tudo o que é possível para impedir a colisão da Lua e que a vida humana seja extinta, esta equipa percebe que afinal a Lua não é exatamente a pedra gigante que orbita a Terra que, outrora, acharam que era. São muitos os segredos que estão prestes a serem revelados e existe algo mais profundo e histórico do que aquilo que imaginavam!

Moonfall não é só um filme de ficção científica, mas também tem os seus momentos de ação e outros mais dramáticos. Tem um ponto de vista diferente, relativamente a outros filmes deste género e até consegue abordar de um modo eficiente, um tema que já foi muito utilizado noutras produções trazendo assim, algo de novo. Tem ainda a capacidade de introduzir uma narrativa mais original, chegando a um ponto que leva o espetador a imaginar as possíveis causas deste evento repleto de destruição. Leva-nos a questionar o que faríamos se tivéssemos no lugar das personagens e o que irá acontecer de seguida.

É, portanto, uma história atraente, dinâmica e bem estruturada que nos apresenta – num ritmo consistente – uma excelente fotografia e efeitos especiais incríveis. Temos a sensação de estar a presenciar um evento real e aterrorizante de proporções catastróficas, ao mesmo tempo que observamos a quantidade de medidas desesperadas que a humanidade é capaz de tomar para sobreviver quando está em perigo a um passo de uma tragédia.

Porém, também tem uma parte mais leve, onde é introduzido um pouco de humor, principalmente através da personagem ingénua desempenhada por John Bradley que  acredito que não irá ser sempre bem aceite para quem está a ver, porque em certas situações as piadas são exageradas e não eram necessárias em determinadas cenas.

Parecia que já tínhamos visto de tudo quando estamos a falar de assuntos relacionados com o espaço cheio de efeitos previsíveis, mas felizmente Moonfall mostrou-nos que ainda podemos ver coisas novas no meio do caos e ser surpreendidos pela positiva. Uma das principais razões foi sem dúvida, a ótima escolha feita relativamente aos diferentes ângulos de filmagem: foram utilizados de um modo impressionante, complementando com vistas magníficas do espaço e outros locais da Terra.

Além disso, vimos zonas do nosso planeta em que apresentavam o verdadeiro caos ao mesmo tempo que ia sendo mostrado o efeito que a Lua estava a ter no mundo após ter sido atingida por uma força oculta. A criatividade em relação à estrutura interna da Lua foi bem concebida, criando um interesse imediato em se saber mais e conhecer a sua história de origem que eu achei muito curiosa.

Apesar de não ser perfeito, Moonfall é um filme que consegue entreter com as suas conspirações, mistérios e explorações espaciais, em que transmite de uma forma satisfatória a sua mensagem e prende a atenção desde o início ao fim, nomeadamente pela qualidade fantástica a nível técnico que se torna numa experiência rica para o espectador por mais falhas que possam existir, sendo que o elenco principal fez um bom trabalho a desempenhar as suas personagens.

Uma coisa é garantida, o Universo é tão vasto que existem ainda inúmeras hipóteses para realização de novos filmes sobre o espaço que consigam explorar, com criatividade, o assunto criando o seu próprio impacto e, quem sabe, superar as expetativas do público!

 

 

euphoria hbo portugal

 

 

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Autêntica geek, principalmente com tudo relacionado com filmes e séries. Esta é uma das minhas grandes paixões, de tal forma que eu resolvi criar um blog, onde partilho a minha opinião sobre o que vejo do universo dos filmes e das séries: A Geek Traveller.

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