Scream – Uma boa surpresa para os amantes desta saga

Finalmente já estreou nos cinemas portugueses o filme de terror Scream, em português conhecido como Gritos, por parte da Paramount Pictures que prometia inovar este universo que começou com o icónico Wes Craven, e ser um dos filmes do ano de 2022.

Uma coisa é bem certa! Os amantes deste franchise já tinham saudades de ver mais vítimas a serem atormentadas pelo famoso assassino, Ghostface. Porém, desta vez, temos a oportunidade de acompanhar o regresso de personagens clássicas e que ficaram na memória.

Esta é uma das sagas mais populares da cultura pop no que toca ao terror e neste novo filme teve a realização da dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett com um argumento de James Vanderblit e Guy Busick com Brian Tyler a ser o responsável pela banda sonora.

O elenco é constituído por Neve Campbell (Sidney Prescott), Courteney Cox (Gale Riley), David Arquette (Dewey Riley), Marley Shelton (Judy Hicks), Melissa Barrera (Sam Carpenter), Jenna Ortega (Tara Carpenter), Dylan Minnette (Wes Hicks), Jack Quaid (Richie Kirsch), entre outros.

A história desenrola-se 25 anos, desde que uma onda de assassinatos brutais chocou a tranquila localidade de Woodsboro, um novo assassino toma o lugar de Ghostface e começa a perseguir um grupo de jovens para desenterrar segredos do passado sombrio da cidade. Porém, uma mulher regressa para desvendar a identidade do culpado e descobrir toda a verdade. Quem será que vai conseguir escapar?

Este novo capítulo de Scream é sem dúvida, uma ótima surpresa com suspense para os fãs desta saga e honra o legado de Wes Craven, tornando-se assim, numa boa homenagem ao criador deste mundo de horror e chegando a um ponto que nos fez lembrar do primeiro filme que começou em 1996 nas mãos deste artista enigmático.

A história em si e o modo como produziram a mesma conseguiu superar as expetativas, sem nunca faltar o lado mais slasher que estamos tão habituados a ver, mas desta vez com alguns ângulos de filmagem criativos e reviravoltas interessantes. O facto de terem colocado referências a este universo que acabava por ajudar o espetador a relembrar alguns dos acontecimentos que ocorreram em capítulos anteriores, utilizando flashbacks e até criticar os mesmos foi curioso de se ver essa ligação. Além disso, foi muito bom ver o regresso de personagens tão emblemáticas, tais como Sidney Prescott, Gale Riley e Dewey Riley.

Existem cada vez mais filmes deste género que têm perdido a qualidade e acabam por ser sempre a mesma coisa, em comparação com aquilo que já foi feito no passado, porque dantes nós não sabíamos bem o que esperar da mente do criador de uma determinada produção de terror e até podiam surgir sustos a qualquer momento. Atualmente são muitas as vezes em que a pessoa já está à espera do que vai acontecer de seguida.

Como uma fã assumida de filmes de terror, este quinto capítulo de Scream teve uma abordagem diferente. Foi bem elaborado, mais envolvente e nostálgico e conseguiu entreter-me desde o início ao fim com piadas à mistura, sendo que teve os seus momentos mais previsíveis e outros que até conseguiu surpreender pela positiva. Uma das partes que mais gostei foi quando uma pessoa está prestes a ser vítima do Ghostface ter começado a tocar uma música que faz parte da banda sonora de uma das minhas séries favoritas, Peaky Blinders. São poucos os filmes de terror que têm tido a capacidade de me prender a atenção ultimamente e felizmente, este foi um deles.

Scream foi uma aposta bem conseguida com um resultado satisfatório que teve a capacidade de conquistar não só os admiradores deste universo, mas também todos aqueles que são fãs de tudo o que esteja relacionado com o terror e eu espero sinceramente que continuem a inovar este mundo, a fazer mais filmes deste tipo, colocando a imaginação a funcionar eficazmente e respeitando o legado de Wes Craven.