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Halo Infinite | Análise

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Não é novidade que a franquia Halo é uma das mais adoradas no universo dos videojogos. Foi um universo em que entrei faz relativamente pouco tempo, começado pelo clássico Halo Combat Evolved, e que foi uma surpresa para mim, principalmente pela quantidade de diversão que proporciona.
Depois de toda a polémica em torno do primeiro trailer de revelação de Halo Infinite não esperava que a 343 Industries conseguisse tornar o jogo em algo tão bom, mesmo este tendo sido adiado um ano para o reformularem.

A ação do jogo vai-se desenrolando em dois biomas, o exterior, onde podemos capturar bases e fazer algumas das missões da campanha principal, e o interior de naves/bases. É claramente notória a melhoria visual no ambiente do jogo, tendo em conta tudo o que tinha sido mostrado naquele primeiro trailer, também os inimigos foram alvo de melhorias, mas apesar de tudo não conseguimos sentir que este é um jogo de nova geração em termos visuais.

O mundo de Halo Infinite é semiaberto. Ou seja, temos todo o mapa exterior que podemos explorar e conquistar as bases dos Banidos (nome da fação dos nossos inimigos), mas as 14 missões principais são completamente lineares.
A própria história da campanha é bastante interessante e sentimental, deixa tudo em suspenso e dá ainda o mote para o próximo capítulo da saga de Master Chief, mesmo sendo de curta duração. Mas aquilo em que este jogo verdadeiramente brilha é na jogabilidade.

A implementação do grappling hook foi das melhores coisas que esta entrada da franquia nos trouxe, é algo que veio revolucionar por completo a forma como jogamos Halo.
A ação do jogo é incessante, está sempre algo a acontecer, e quando há combates estes prometem ser bastante intensos sempre com hordas de inimigos que não dão descanso.
Os inimigos são um pouco o mesmo de sempre, temos os clássicos Grunts, Brutes, Jackals, Elites, Sentinels e Hunters, juntamente com todas as suas subclasses já conhecidas da franquia, e foi também introduzido um tipo de inimigos completamente novo: os Skimmer, que são inimigos voadores armados.
Apesar de tudo a forma como o jogo está organizado leva a que estejamos sempre a fazer a mesma coisa: ir do ponto A ao ponto B, derrotar inimigos, abrir portas, ir do ponto B ao ponto C, derrotar inimigos, abrir portas, e assim entramos neste loop constante.

Aquilo que acaba por quebrar este loop são precisamente as boss fights. Estas são as melhores e mais bem implementadas em toda a franquia. Trazem um grau de desafio bastante elevado, são frequentes e bastante divertidas de se jogarem.
A variedade de armas e a abundância das mesmas espalhadas pelo mapa ajuda também a ir experimentando novas formas de explorar e combater ao longo do jogo.

Como referido anteriormente o mundo é semiaberto. Entre as missões principais podemos explorar o mapa e conquistar bases, mas esta opção também é possível no final da campanha principal. Para ajudar nesta exploração podemos pedir veículos, entre eles o clássico warthog e o mangoose, mas também podemos roubar os veículos inimigos para continuarmos o nosso percurso.

O jogo inclui ainda um modo multiplayer, que teve uma beta lançada antes da campanha. O multiplayer tem vários modos de jogo: capture the flag, oddball, slayer, stockpile, strongholds e total control.
Aquele que mais passei tempo a jogar foi o oddball, onde temos que capturar a bola e mantê-la na posse da nossa equipa o máximo de tempo possível para ganhar pontos.

Em geral todos os modos são bastante divertidos, e as mecânicas de jogabilidade são bastante semelhantes às da campanha. O grande problema está na forma como obtemos pontos de experiência, que além de estarem mal distribuídos fazem com que o jogador tenha de perder muito tempo no jogo para subir de nível. Isto claro, caso não queira pagar pelo passe de batalha, que além de proporcionar mais missões que nos possibilitam a subida de nível, também nos permite adquirir cosméticos para o nosso personagem.

No fundo a campanha de Halo Infinite veio trazer uma nova abordagem à clássica franquia dos estúdios da Xbox. Novas mecânicas de gameplay, uma nova abordagem à estrutura do jogo e cutscenes com visuais lindíssimos. Faltava apenas polir um pouco mais o grafismo dos modelos e dos cenários, as físicas também poderiam ser mais realistas, e mais variedade de biomas e inimigos teria ajudado ainda mais este jogo a ser incrível. Mesmo assim não deixa de ser um jogo muito bom que merece o seu devido reconhecimento.

 

 

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Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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