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Cinema

A história dos G.I. Joe na Cultura Pop

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Os G.I. Joe começaram por ser action figures, mas ramificaram-se por vários meios do entretenimento ao longo dos mais de 50 anos de existência. A mais recente adição ao universo estreia hoje nos cinemas: Snake Eyes: A Origem dos G.I. Joe.

A Hasbro, numa tentativa de competir num mercado emergente de brinquedos, e ao mesmo tempo apelar ao publico jovem masculino, começou por lançar figuras que representavam os ramos das forças armadas americanas. Aliás, o termo “action figure” nasce com os G.I. Joes, numa tentativa de apelar aos rapazes que não iriam estar interessados em brincar com “bonecas” como a Barbie. O primeiro lançamento apresentou quatro action figures (com a adição do enfermeiro à posteriori), e assim nasceu um verdadeiro “exército” de versões adaptações.

O nome escolhido é uma gíria para soldado americano (Government Issue). Em Portugal alguns reconhecerão não por G.I. Joe mas antes por “Action Man”, outros como “Action Force”, mas o que se mantém imutável é ideia por trás da equipa: grupos de soldados, que apesar de não terem super-poderes, são altamente especializados em certas áreas de combate, que usam para combater os arqui-inimigos Cobra.

Há quem atribua a origem do franchise aos comics, mais propriamente a “Private Breger” dos anos 40. Entretanto já ouve mais edições de comics baseados nas personagens em várias produtoras, incluindo a Marvel com a série “A Real American Hero”. Há também quem atribua a origem ao filme “The Story of G.I Joes”, protagonizado por Robert Mitchum. Esta segunda hipótese a mais provável para a origem.

Além de pertencer à infância de várias gerações na forma de brinquedos, a animação na televisão também muito contribuiu para que a marca G.I. Joe ficasse mundialmente conhecida. “G.I. Joe: A Real American Hero” contou com 95 episódios e teve inclusive uma versão com dobragem em português. “Renegades” e “Resolute” são outras duas séries animadas, mas bem menos conhecidas.

As gerações após o ano 2000, vão, no entanto, estar mais familiarizadas com os filmes baseados no franchise. O primeiro foi planeado para 2003, mas a invasão do Iraque fez com que o foco mudasse antes para outro grande franchise, os Transformers. G.I. Joe: The Rise of the Cobra viria a ser lançado em 2009 e contou com Chaning Tatum como protagonista. Marlon Wayans, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Dennis Quaid, Rachel Nichols, Joseph Gordon-Levitt, Christopher Eccleston, Sienna Miller, Byung-hun Lee e Jonathan Pryce enchiam um elenco de nomes reconhecíveis. Apesar do filme gozar de um relativo sucesso de bilheteira, que justificou a sequela, não foi poupado pelas críticas negativas.

G.I. Joe: Retaliation chegou em 2013 e trouxe consigo dois grandes nomes da ação, Dwayne Johnson e Bruce Willis. Também este lançamento foi adiado um ano, mas desta vez para adaptar para a tecnologia 3D. Viria a arrecadar praticamente o mesmo em bilheteira e a ter as mesmas críticas negativas do antecessor.

Snake Eyes: A Origem dos G.I. Joe chega ao cinema e carrega sobre si vários “títulos”: não deixa de ser uma sequela no mesmo universo dos anteriores, é uma tentativa de reboot da história e pretende também servir de âncora para futuras sequelas. Depois de uma década desde o lançamento de Retaliation, em que se tentou e falhou várias vezes a produção do terceiro filme – onde estiveram incluídos planos para um crossover com os Transformers – Snake Eyes mostra que o franchise ainda tem um coração com batimento.

A personagem de Snake Eyes é uma das mais conhecidas e coube desta vez a Henry Golding dar-lhe vida (depois de Ray Park o ter representado nos filmes anteriores). Aliás, a personagem não tem qualquer fala nos primeiros dois capítulos, sendo “conhecido” por nunca falar ou mostrar a cara. A história do filme é a de um tenaz solitário que é acolhido por um ancestral clã japonês chamado Arashikage, após ter salvo a vida do seu aparente herdeiro. Depois de chegar ao Japão, o Arashikage treina Snake Eyes a arte para ser um guerreiro ninja. Mas, quando segredos do seu passado são revelados, a honra e lealdade de Snake Eyes são postos à prova, mesmo que implique perder a confiança dos que lhe são próximos.

Além de Henry Golding, o elenco conta com Andrew Koji, que já provou toda a sua habilidade para as artes marciais na série “Warrior” da Cinemax, Úrsula Corberó, que muitos reconhecerão de “La Casa de Papel” e Iko Uwais, estrela dos filmes “Raid”. Podem ver aqui o trailer legendado em português:

O futuro cinematográfico e televisivo do franchise promete não ficar por aqui. A Amazon está a desenvolver uma série baseada em Lady Jaye, interpretada por Adrianne Palicky, no filme G.I. Joe: Retaliation de 2013. Erik Olsen, de Carnival Row (também da Amazon) e Daredevil (da Netflix) será o showrunner. Olsen irá desenvolver o projeto juntamente com Lorenzo di Bonaventura, produtor dos filmes do franchise, incluindo Snake Eyes. Bonaventura está também já a desenvolver um próximo filme, com o rumor de um possível regresso de Dwayne Johnson.

Os especialistas do Conteúdo da Cultura Pop.

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