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Cinema

O Corvo: Análise com Spoilers

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Revisitando The Crow (1994):

Há exatamente 30 anos, nascia a história do Corvo com Brandon Lee a assumir o papel de Eric Draven, onde os fãs puderam assistir a uma história única cheia de metáforas da “vida pós-morte” e de assuntos mal finalizados da vida. Nesse filme (que infelizmente ficou conhecido por um trágico acontecimento onde o protagonista Brandon Lee acabou por falecer ainda durante as filmagens após uma arma carregada acidentalmente ter sido disparada contra o próprio ator) a narrativa rondava à volta de um casal loucamente apaixonado, Eric e Shelly (Sofia Shinas) que na noite (intitulada de Devil’s Night) antes do seu casamento, foram mortos pelo gangue do Top Dollar (Michael Wincott). 1 ano depois, Eric volta inexplicavelmente guiado por um corvo e após recuperar as memórias dos acontecimentos, e com poderes sobrenaturais à mistura, decide ir atrás daqueles que o mataram a ele e à Shelly.

 

 

Uma nova abordagem. The Crow (2024):

Exatamente 30 anos depois da estreia do filme original, e após sucessivas sequências falhadas: “The Crow: City of Angels (1996)”; “The Crow: Stairway to Heaven (1998)”; “The Crow: Salvation (2000)” e “The Crow: Wicked Prayer (2005)”, chega aos cinemas um remake do filme original desta vez protagonizado por Bill Skarsgard, e realizado por Rupert Sanders.

 

A história deste novo filme é muito parecida com a original. Eric e Shelly são loucamente apaixonados um pelo outro, acabam por morrer e Eric volta dos mortos 1 ano depois para vingar-se dos seus assassinos. Esta é uma coisa bastante positiva do ponto de vista do que os remakes e até adaptações têm feito às suas obras originais. Algo bastante positivo que acontece neste filme é também a profundidade que eles dão a cada momento chave do filme original e da profundidade do mito do Corvo no filme. Nesta nova versão, nós vemos o passado de Eric e como ele e Shelly se apaixonam. Apesar de ser uma vista rápida. Até mesmo o mito do Corvo é mais explorado e introduz-nos uma nova realidade fora do plano normal das coisas.

 

No entanto, estes significados podem parecer um pouco estranhos para quem gosta bastante da obra original. Pode não agradar a todos os fãs mas a mim, até não afetou em nada. Problema foi mesmo o desenvolvimento das novas cenas, porque a diferença de 20m deste filme para o original é claramente responsável pelas novas cenas introduzidas, e estas são as cenas de desenvolvimento que falei, como o passado de Eric e de Shelly e da mitologia do corvo. O visual que é diferente, e que até é explicado o motivo de tal neste novo filme, não parece agradar à maioria pois já não representa um símbolo do mesmo nível do filme original.

 

A banda sonora não tem o mesmo impacto que a de 1994 teve, músicas de bandas como “Rage against the Machine”, “The Jesus and Mary Chain”, “Machines of Loving Grace”, etc, já não têm o seu gêmeo no filme de 2024. É claramente visível notar o porquê do filme de 2024 não ter o mesmo impacto que o de 1994, que é considerado um ícone gótico dos filmes da altura. A falta de personalidade é algo bastante considerável e que afeta a perspetiva dos fãs em termos de bom ou mau, num tipo de filme como este, a que podemos chamar de “impacto cultural”.

 

Apesar de não ser um mau filme, pois aborda a história de 1994 colocando algumas novidades até interessantes. Tem algumas diferenças que fazem toda a diferença no produto final.

Um jovem rapaz que adora o mundo do Cinema e da Televisão. É técnico de som e por isso o seu amor reside nas bandas sonoras. A sua inspiração é o Hans Zimmer e o John Williams. Adora ficção científica e super-heróis, mas não descarta as outras áreas.

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