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007 – Sem Tempo para Morrer | A despedida comovente de Daniel Craig

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Após 15 anos de Bond, Daniel Craig despede-se com um blockbuster sentimental e repleto de ação.

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Craig. Daniel Craig.

Neste que é já o 25º filme da saga do espião mais famoso de todos os tempos, e o 5º com Craig a encarnar a personagem do galã James Bond, Cary Joji Fukunaga, o realizador, apresenta-nos, desta vez, um Bond apaixonado e com sede de vingança.

Produzido por Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, “Sem Tempo Para Morrer” teve ainda a mão criativa de Phoebe Waller-Bridge, criadora e protagonista da aclamada série “Fleabag”, que se juntou a Fukunaga, a Neal Purvis e a Robert Wade para a finalização do guião, numa tentativa de “apimentar” a narrativa. E devo dizer que, para quem conhece o historial humorístico de Waller-Bridge, é relativamente fácil de identificar as cenas e diálogos que saíram da sua mente. O filme tem ainda banda-sonora a cargo de Hans Zimmer, e o tema principal é interpretado por Billie Eilish.

“007 – Sem Tempo para Morrer” acabou por ser mais uma longa-metragem afetada pela pandemia, com a sua rodagem a ser adiada por três vezes. Mas nem o Covid-19 deteve a excelente performance, repleta de nuances, de Daniel Craig. O ator é ainda flanqueado pelas sólidas interpretações de Léa Seydoux, Rami Malek, Lashana Lynch, Ben Whishaw, Naomie Harris, Jeffrey Wright, Christoph Waltz, Ralph Fiennes, Rory Kinnear, David Dencik, Ana de Armas, Billy Magnussen e Dali Benssalah.

O Espólio da Spectre

Começamos o filme com um James Bond reformado, a aproveitar a vida e a cortar curvas pela belíssima costa italiana, junto da sua amada Madeleine Swann. Mas nem tudo são rosas, ou não seria este um blockbuster às direitas. Bond é traído e, passados 5 anos, encontra-se a viver na Jamaica. O ex-espião acaba por ceder a Felix Leiter, um agente da CIA e seu velho amigo, e ajuda-o a resgatar um cientista russo que tem em sua posse uma arma mortífera capaz de aniquilar a população mundial. É então confrontado com o vilão Lyutsifer Safin, que partilha um passado oculto com Madeleine.

A receita é a do costume: famílias assassinadas; tecnologia de ponta; túmulos que explodem; traições e promessas de vingança; perseguições por pontes romanas; cientistas corruptos; tiros, muitos tiros, e, como não poderia deixar de ser, lançamentos de mísseis contra ogivas nucleares datadas da Segunda Guerra Mundial.

De notar uma charmosa participação por parte da atriz Ana de Armas, demonstrando uma excelente dinâmica e química com Craig (talvez fruto da sua anterior colaboração em “Knives Out”, de Rian Johnson) sem aparentemente nenhum motivo de força maior. Quem sabe esta linha narrativa, levada a cabo em Cuba, não será explorada noutra futura iteração do espião britânico mais famoso do mundo?

O Adeus de Daniel Craig

Numa tentativa para que a despedida de Daniel Craig, enquanto o Agente 007, fosse realmente sentida e apoteótica, os criadores do filme aumentaram a escala, tanto da ação e do perigo, como dos momentos sentimentais. “Sem Tempo Para Morrer” provou-se um pouco extenso, contabilizando mais de duas horas de duração, tendo eventualmente beneficiado, a nível de ritmo e dispersão da narrativa, de alguns cortes na mesa de edição. Daniel Craig deixa-nos assim em herança “Casino Royale”, “Quantum of Solace”, “Skyfall”, “Spectre” e, por fim, este último adeus de “Sem Tempo Para Morrer”.

Ainda assim, “007- Sem Tempo Para Morrer” faz jus à personagem e à famosa saga baseada nas obras de ficção do escritor Ian Fleming. É pontado por grandes momentos de ação, uma corrida contra o tempo capaz de nos deixar os nervos à flor da pele e consegue, sobretudo, fazer-nos desejar que este não seja o fim da participação de Craig, enquanto 007, no grande ecrã. São já 15 anos a encarnar o espião britânico mais charmoso de sempre, e, por mim, podia continuar por muitos mais. Tal como o próprio Bond profere no filme, “Letting go is hard”, e Daniel Craig merecia uma despedida mais bem consolidada e menos preocupada em nos fazer chorar.

“007 – Sem Tempo para Morrer” já está disponível nos cinemas portugueses.

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