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Cinema

Scott Eastwood e Josh Harnett- o suporte de Jason Statham em Um Homem Furioso

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A Comic Con Portugal teve acesso a parte do elenco de Um Homem Furioso, o novo filme-golpe de Guy Ritchie. Scott Eastwood e Josh Harnett estiveram em zoom com Rui Pedro Tendinha, do www.cinetendinha.pt. Dois atores em pose dura no mais violento filme de Ritchie.

um homem furioso

O que é o novo filme de Guy Ritchie? Talvez seja fácil dizer que se trata da antítese de The Gentlemen, o anterior, mas O Homem Furioso poderá ser melhor explicado pelos atores. Além do protagonista Jason Statham, estamos na presença de um “revenge movie” em formato “ensemble cast”. Scott Eastwood, Josh Harnett, Jeffrey Donovan, Andy Garcia ou Holt McCallany são alguns destes duros numa intriga que se inspira no filme francês Le Conveyeur, de 2004, na qual se conta uma história de vingança de um empregado de transporte de dinheiro em colisão com um gangue de perigosos assaltantes.

Numa chamada de zoom desde Los Angeles, encontramos Josh Harnett, galã de Hollywood que esteve retirado, voltou relutantemente e agora parece estar em modo de “comeback”. Ele é um dos colegas do “homem furioso” do título, um “action man” mais vulnerável do que se pensava. O ator de Pearl Harbor e Há Dias de Azar confessa que ficou feliz quando Guy se lembrou dele, sobretudo porque também era a oportunidade para trabalhar ao lado de Jason Statham: “curiosamente, a seguir já fiz mais um filme com o Guy! Se este Um Homem Furioso for um sucesso torno-me num amuleto…Se for um fracasso ainda me cortam do próximo. Mas, na verdade, demo-nos muito bem. É preciso não esquecer que mal fui convidado, comecei logo a filmar – estive a substituir um ator que depois ficou indisponível. O Guy para mim tem uma importância extrema, mesmo ao nível do Tarantino. Na altura do Cães Danados houve quem pensasse que esse estilo de cinema não teria nenhum tipo de resposta, mas depois aparece o Guy! Era a sua resposta inglesa. Desde aí todos os atores querem trabalhar consigo. Ele gostou de mim porque eu era seu fã – ele gosta disso”.

Quem também está disponível para alguns minutos de zoom é Scott Eastwood, que pelo ecrã do computador parece-se cada vez mais com o pai Clint. Mal percebe que fala com Portugal começa a lembrar-se de uma passagem recente como turista e não se esquece do restaurante 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic: “claro que me lembro de ir lá jantar! Lisboa é uma cidade espantosa! Nos últimos anos todos falam de Lisboa!! É mesmo, mesmo uma cidade incrível. Fui também a Peniche e, meu Deus, que bonito! Visitei aldeias, uma fábrica de sardinhas e comi tão bem…O norte de Lisboa é um pouco um cruzamento de Espanha com Napa Valley. Ai aquela costa!!! E eu sou um viajante…A minha publicista que está aqui ao lado sabe que não paro quieto…

Se há quem esteja a proclamar que Wrath of a Man tem um certo tom de Christopher Nolan, também é justo realçar um tom unificador nas interpretações masculinas. E aí sim sente-se o dedo de Ritchie. “A ideia era haver uma dureza comum, mas não sei se o meu tom era igual aos outros, atores que tinham de ser mais duros. A minha personagem quer e tenta ser um durão! O problema é que é tudo menos duro. A verdade é que todos desenvolvemos uma certa camaradagem e isso deve ter levado a uma suposta química no ecrã”, realça Josh. E é o mesmo Josh que também nos diz que foi quase contraproducente ver o original francês: “acima de tudo, todos sabíamos que o Guy iria transformar este “remake” numa coisa muito só dele. Seja como for, eu gostei do filme francês, embora seja um filme completamente diferente deste”. “Eu acho que este Um Homem Furioso é sensacional, não me interessa o que os críticos vão dizer. Trata-se de um “revenge movie” que é também um filme-de-golpe. Ao mesmo tempo é divertido! Espero que todos vão vê-lo, é o primeiro blockbuster da temporada!”, riposta Scott Eastwood, salientando que o ambiente na rodagem foi o melhor, não obstante haver muita dureza: “aquele pessoal todo da equipa do Guy é porreiro, em especial todos os coordenadores de duplos, mas quanto mais duros, mais fixes! Aliás, o pessoal dos duplos é sempre o mais fixe”.

No fim, Scott tem uma mensagem para quem esteja desconfiado de Wrath of a Man ser uma versão de um filme francês que ninguém viu: “percebam que hoje em dia tudo é remake de algo! Tudo o que é narrativo baseia-se em Shakespeare!!

Não fiquem com o pé atrás! Esta é uma nova versão de uma história que já foi contada, apenas isso.

Os especialistas do Conteúdo da Cultura Pop.

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